Dilma justifica ausência em reunião do PT por visita do Papa
A presidente Dilma Rousseff justificou na tarde deste sábado a ausência na reunião do diretório nacional do PT, em Brasília. Em carta endereçada ao presidente do partido, Rui Falcão, a presidente afirmou que a visita do Papa Francisco, em decorrência da Jornada Mundial da Juventude, na próxima semana, no Rio de Janeiro, lhe “impõe deveres aos quais eu não posso faltar”. Ela será representada pela ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
No encontro deste sábado, a cúpula do encontro deve aprovar uma moção de repúdio ao deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que coordena o grupo de trabalho que vai elaborar um projeto de reforma política para ser colocado em referendo. A ideia é contrária à proposta da presidente Dilma, que sugeriu a realização de um plebiscito para definir as mudanças da reforma. O ex-presidente Lula não esteve presente ao encontro.
Citando os protestos que tomaram conta das ruas do País há cerca de um mês, Dilma afirmou que os manifestantes querem “um novo sistema político, mais transparente, mais oxigenado e mais aberto à participação popular, que só a reforma política balizada pela opinião das ruas, por meio de um plebiscito, poderia criar”.
O petista Vaccarezza sofre rejeição da maior parte dos companheiros de partido por ter afirmado que as regras do plebiscito não teriam validade para 2014, já que não haveria tempo hábil para realizar a consulta em tempo hábil. Na Câmara, PT, PCdoB, PDT e PSB ainda trabalham para tentar colher as 171 assinaturas necessárias para protocolar o projeto de decreto legislativo que autoriza a realização de um plebiscito. Na frente da sede do diretório do PT, em Brasília, alguns militantes da legenda protestaram contra a permanência de Vaccarezza no grupo de trabalho.
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