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Política

Dilma fará pronunciamento sobre protestos que sacodem o país

21 jun 2013 - 19h43
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A presidente Dilma Rousseff fará esta noite um pronunciamento em rede nacional sobre as manifestações que sacodem o país, reivindicando melhores serviços públicos, informaram fontes oficiais.

Porta-vozes da Presidência confirmaram à Agência Efe que a mensagem será transmitida às 21h, mas não souberam explicar seu conteúdo.

Os protestos gerados inicialmente por um aumento do preço do transporte se estenderam por todo o Brasil nos últimos dez dias e, embora o aumento tenha sido revogado, ainda hoje aconteciam em algumas cidades, depois que na quinta-feira reuniram cerca de 1,2 milhão de pessoas em mais de cem cidades do país.

O movimento Passe Livre, que convocou em São Paulo os primeiros protestos após o aumento do preço do transporte, anunciou hoje que não organizará novas manifestações, pois detectou que nas passeatas se infiltraram grupos alheios a suas intenções.

"Consideramos que grupos conservadores se infiltraram nos atos para defender propostas que não nos representam", disse Rafael Siqueira, porta-voz do Passe Livre, explicando que surgiram grupos que defendem a penalização do aborto e a redução da idade de responsabilidade penal, às quais o movimento se opõe.

Após começar com o foco no aumento do valor do transporte em São Paulo, os protestos foram agregando várias reivindicações, como o alto gasto público na Copa das Confederações, a corrupção e a péssima qualidade da maioria dos serviços públicos.

Desde que os protestos explodiram, Dilma só se referiu ao assunto em público na terça-feira passada, quando durante uma cerimônia oficial disse que "a voz da rua tem que ser escutada".

Segundo a presidente, as multidões que protestam "enviaram uma mensagem direta aos governantes", "demonstram o valor da democracia" e dizem que "os cidadãos estão em busca de seus direitos".

Apesar de o movimento Passe Livre ter decidido suspender os protestos, hoje pequenos grupos de manifestantes tomaram as ruas de algumas áreas de São Paulo e Rio de Janeiro.

EFE   
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