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Política

Dilma e Vázquez pedem flexibilidade ao Mercosul e defendem acordo com a UE

21 mai 2015 - 14h20
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A presidente Dilma Rousseff e seu colega uruguaio Tabaré Vázquez afirmaram nesta quinta-feira que o Mercosul deve "se adaptar às novas realidades" e "flexibilizar" as normas que impedem seus membros de estabelecer acordos comerciais de maneira individual ou em ritmos distintos.

Além disso, ambos qualificaram de "prioridade" as negociações para um acordo de livre-comércio com a União Europeia (UE) e anunciaram que o Mercosul irá surgerir ao bloco comunitário que seja definida uma data para intercambiar suas respectivas ofertas neste mesmo ano.

"O Mercosul deve se adaptar sempre às novas circunstâncias", declarou junto a Vázquez a presidente Dilma Rousseff, cujo país exerce neste semestre a presidência rotativa do bloco.

Dilma considerou que o bloco formado pela Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Venezuela "é um ambicioso projeto" que deu "resultados muito expressivos", entre os quais citou a multiplicação por dez do comércio interno em duas décadas.

"Mas não podemos nos acomodar e precisamos melhorar e avançar mais", acrescentou a governante brasileira.

Vázquez, por sua vez, reiterou a velha reivindicação do Uruguai no sentido de que o Mercosul deve revisar as normas que impedem seus membros de avançar em acordos comerciais com outros blocos ou países de forma individual.

"Nossos países não vivem em solidão. Fazem parte de um bloco regional que tem um enorme potencial, mas que hoje não está à altura de sua razão de ser", declarou.

"Não somos iludidos e nem impacientes, mas também não seríamos sinceros se disséssemos que hoje, como está, (o Mercosul) nos satisfaz", apontou.

Segundo o presidente do Uruguai, "sem renunciar aos objetivos a longo prazo", é "necessário e urgente alinhar o bloco com as realidades políticas e econômicas do momento", "restabelecer sua credibilidade" e "gerar a necessária flexibilidade" para que seus membros expandam suas fronteiras comerciais através de novos acordos.

Nesse sentido, Vázquez manifestou seu pleno apoio à tese manejada pelo Brasil, que aponta para uma permissão das negociações com outros blocos ou países que se desenvolvem em diferentes ritmos, de acordo com o interesse de cada membro do Mercosul.

"Vistas as necessidades pontuais, coincidimos e estimamos que seja necessário um acordo que possibilite ritmos e velocidades diferentes nas negociações", disse o presidente do Uruguai, que realiza em Brasília a primeira visita bilateral de seu segundo mandato, que começou em 1 de março.

EFE   
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