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Política

Dilma e Putin buscam diversificar troca comercial entre Brasil e Rússia

14 dez 2012 - 11h49
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Brasil e Rússia, duas das economias mais pujantes do mundo, têm todo o potencial para diversificar sua troca comercial, centrada no setor primário, assinalaram nesta sexta-feira os presidentes de ambos os países, Dilma Rousseff e Vladimir Putin, respectivamente, durante a reunião realizada no Kremlin.

"Nossa troca comercial cresce, mas podemos ampliar substancialmente a nomenclatura do comércio. Temos a possibilidade de diversificar a interação comercial e trabalhar de maneira mais ativa em matéria de investimentos", disse Dilma, em visita oficial à Rússia.

Ela acrescentou que se abre perante os dois países "um bom caminho para aprofundar a cooperação econômico-comercial, trabalhar mais ativamente em matéria de investimentos na indústria, infraestruturas, energia, defesa, além do campo de provisão de armas".

Por sua vez, o presidente russo ressaltou que "apesar dos problemas na economia mundial, o volume da troca comercial cresceu tanto este ano como no ano passado".

"Nossas relações se desenvolvem com bastante intensidade. Isto tem a ver tanto com os assuntos internacionais e nossa participação em organismos internacionais como o Brics, como com as relações econômicas", ressaltou o presidente russo.

Putin lembrou que o Brasil é um dos principais exportadores de produtos agrícolas ao mercado russo: "Só de bovino, a Rússia compra 41% de toda a exportação brasileira".

Brasil e Rússia lamentam que sua troca comercial se limite principalmente ao setor agrícola e às matérias-primas, como reconheceu na véspera à Agência Efe um membro da delegação que acompanha Dilma.

Brasília e Moscou buscam ampliar o comércio bilateral a outros setores econômicos, entre eles indústria e tecnologias, por isso que a presidente brasileira fez coincidir sua visita à Rússia com o fórum empresarial russo-brasileiro de cujo encerramento participou hoje.

"Nossa troca comercial é de US$ 7 bilhões por enquanto, mas temos que superar esse indicador, e temos todas as condições para fazê-lo. É preciso dar atenção especial ao campo das inovações", disse Rousseff perante os mais de 100 empresários brasileiros e outros 500 russos que participaram do fórum.

Dilma lembrou que a recente entrada da Rússia na Organização Comercial de Comércio (OMC) é uma nova e sólida base para avançar no desenvolvimento das relações bilaterais.

Mas nem tudo são vantagens na cooperação de dois membros do Grupo dos Vinte (G20) e do Brics, organização de economias emergentes na qual também participam Índia, China e África do Sul: "As barreiras e impedimentos protecionistas inclusive cresceram em alguns aspectos", lamentou o vice-primeiro-ministro russo, Arkadi Dvorkovich.

"E isto não tem a ver com nos darmos mal, mas a realidade econômica é tal que às vezes nos protegemos mais do que o necessário dos concorrentes exteriores", reconheceu.

EFE   
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