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Política

Dilma e Morales abordarão venda de gás, luta antidroga e trem bioceânico

28 jan 2016 - 18h10
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A presidente Dilma Rousseff abordará com o presidente da Bolívia, Evo Morales, temas como a venda de gás boliviano, a luta antidroga e o projeto do trem bioceânico na reunião que terão em Brasília no próximo dia 2 de fevereiro.

O embaixador do Brasil na Bolívia, Raymundo Santos, afirmou nesta quinta-feira à agência de notícias estatal boliviana "ABI" que o encontro bilateral procura "fazer uma aproximação, um relançamento das relações" e previu "resultados muito bons".

Dilma e Morales se reunirão durante aproximadamente uma hora e meia e depois almoçarão juntos, segundo o diplomata.

Entre os principais temas que devem ser abordados pelo presidente, Santos citou a venda de gás boliviano ao Brasil, a luta antidroga e o trem bioceânico.

Funcionários dos dois países se reuniram na quarta-feira na cidade boliviana de Santa Cruz para elaborar novos acordos sobre o comércio de gás natural e de eletricidade a fim de que sejam avaliados na reunião bilateral entre os presidentes.

A Bolívia exporta atualmente ao Brasil 32 milhões de metros cúbicos diários de gás natural a cerca de US$ 5 por milhão de Unidades Térmicas Britânicas (BTU), metade do custo que tinha antes da queda dos preços do petróleo.

O Executivo boliviano antecipou há poucos dias sua intenção de cobrar um preço mais alto pelo gás natural a seus clientes, mas o principal contrato com o Brasil tem vigência até 2019.

Outro dos temas a tratar é o projeto de construção de um trem bioceânico que una os territórios de Brasil, Bolívia e Peru para facilitar o tráfego comercial com a Ásia.

Esta iniciativa, promovida pelo governo de Evo Morales, pretende conectar com 3.360 quilômetros de ferrovias o porto de Santos com os terminais peruanos de Ilo e Matarani, atravessando o território boliviano.

As relações entre os países atravessaram momentos tensos nos últimos anos devido à fuga e posterior solicitação de refúgio ao Brasil de um senador opositor acusado de corrupção, em 2013, e um ano depois, de um ex-promotor que esteve a cargo de um polêmico caso de secessionismo.

EFE   
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