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Política

Dilma diz que governo está ouvindo vozes das ruas

18 jun 2013 - 12h28
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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que as manifestação que tomaram as ruas de diversas cidades do Brasil comprovam a energia da democracia e que "seu governo está ouvindo as vozes" e empenhado na mudança da sociedade.

Para Dilma, as mais de 200 mil pessoas que foram às ruas na segunda-feira deram uma mensagem ao conjunto da sociedade e aos governantes, por mais cidadania e melhores escolas, hospitais e transporte público de qualidade.

"Essas vozes das ruas precisam ser ouvidas. Elas ultrapassam, e isso ficou visível, os mecanismos institucionais das instituições, dos partidos políticos, das entidades de classe e da própria mídia", disse.

A onda de protestos, turbinada pelas redes sociais, se espalhou pelo país nos últimos dias e levou mais de 200 mil pessoas às ruas na segunda-feira.

Motivadas inicialmente pelo aumento da passagem de ônibus, as manifestações acabaram incluindo na pauta de reivindicações o combate à corrupção e investimentos em saúde e educação, e também tiveram como alvo os gastos públicos com as obras da Copa do Mundo de 2014.

"Eu quero dizer que o meu governo está ouvindo essas vozes pela mudança, meu governo está empenhado e comprometido com a transformação social, a começar pela elevação de 40 milhões de pessoas à classe media, com o fim da miséria."

O Brasil não via protestos tão numerosos desde os realizados em 1992, quando a população foi às ruas para pedir o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello.

"Os que foram ontem as ruas deram uma mensagem direta ao conjunto da sociedade, sobretudo aos governantes de todas as instâncias", disse a presidente, durante cerimônia no Palácio do Planalto de lançamento do novo marco regulatório da mineração.

Apesar de os protestos terem sido em sua maioria pacíficos, houve confrontos com policiais que resultaram em feridos no Rio de Janeiro. Carros foram incendiados, agências bancárias e lojas foram depredadas e a Assembleia Legislativa do Estado foi invadida na capital fluminense na noite de segunda-feira.

A marquise do Congresso Nacional, em Brasília, também foi tomada por manifestantes, que foram impedidos de entrar no prédio. Em São Paulo, um grupo pequeno de manifestantes tentou invadir o Palácio Bandeirantes, sede do governo estadual, na noite de segunda-feira.

No discurso, a presidente Dilma repudiou os atos de violência e disse que não se pode conviver jamais com ela.

"Infelizmente, porém, aconteceram atos minoritários e isolados de violência contra pessoas, contra o patrimônio público e privado, que devemos condenar e coibir com vigor", afirmou a presidente.

"Sabemos, governo e sociedade, que toda violência é destrutiva, lamentável e só gera mais violência", disse.

(Por Jeferson Ribeiro e Leonardo Goy)

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