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Política

Dilma diz que Aécio não está acostumado a críticas por ser "blindado" em MG

15 out 2014 - 21h44
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A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), afirmou nesta quarta-feira em São Paulo que seu adversário no segundo turno, Aécio Neves (PSDB), não está acostumado a receber críticas porque sempre esteve "blindado".

"Ele não está acostumado a receber críticas porque foi blindado a vida inteira" como político, disse Dilma sobre os cargos que ocupou, de deputado, governador de Minas Gerais e atualmente de senador, após um evento em comemoração ao Dia do Professor e na qual afirmou que a imprensa mineira protege seu rival.

A troca de acusações de um lado e de outro marcou esta campanha eleitoral, desde o primeiro turno, quando Dilma foi a primeira colocada com 41,59% dos votos, seguida por Aécio, que teve 33,55%.

De acordo com as pesquisas divulgadas hoje por Ibope e Datafolha, Dilma e Aécio continuam em uma situação de empate técnico, com uma vantagem de dois pontos para o candidato tucano (51% a 49%).

Dilma recebeu em um ato realizado hoje em um clube da Avenida Paulista, em São Paulo, o apoio dos sindicatos de professores simpatizantes do PT.

Ela aproveitou o discurso para rebater as acusações feitas por Aécio de que ela teria mentido.

"Vejo com muita graça essa história, porque eu posso receber críticas durante todo o tempo, escutar barbaridades e aceitar porque isso faz parte da democracia. Mas o candidato, de fato, não está acostumado a críticas, porque, como a imprensa divulga, tinha certa blindagem quando foi governador".

Dilma ainda questionou o "tom" de Aécio no debate de terça-feira na Band, e voltou a acusá-lo de nepotismo porque "tem vários parentes no governo de Minas Gerais", e lembrou que ele beneficiou familiares com a construção de um aeroporto nas terras do tio.

"Não gosto muitas vezes do tom no qual ele fala. Acho que em alguns momentos não é correto, mas entre isso e dizer que eu minto quero que o candidato prove essas mentiras e me diga onde estão elas", assinalou Dilma, que ainda retomou o tema da corrupção na Petrobras.

Ela afirmou se sentir muito tranquila sobre o caso, em que diretores da companhia são acusados de desviarem recursos que seriam repassados para partidos políticos.

"Em abril de 2012 não sabia que existia esse processo e retirei as pessoas (envolvidas). Então não tenho que assumir responsabilidade pela Petrobras, o que tenho que fazer é investigar", enfatizou.

EFE   
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