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Política

Dilma defende petistas suspeitos de participar do mensalão

22 nov 2009 - 14h04
(atualizado às 14h14)
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Marina Mello
Direto de Brasília

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse neste domingo, durante eleição do PT, não ver problemas no fato de petistas envolvidos com o escândalo do mensalão ainda estarem participando do Processo de Eleição Direta (PED), que ocorre hoje em todo o País para escolha da nova direção do partido.

Na visão dela, como nenhum deles foi condenado ainda, não cabe ao partido julgar os companheiros antes da hora. "Até agora, nós não temos nenhuma dessas pessoas julgadas ou condenadas em definitivo, então, acho normal que elas exerçam seus direitos políticos", disse.

Enquanto o presidente Lula criticou neste domingo a existência de dois candidatos da base aliada nos Estados, o que prejudicaria as eleições presidenciais de 2010, a pré-candidata petista Dilma Rousseff preferiu se manter na postura de que os interesses locais são "legítimos".

"Eu sempre acho que não podemos ser fundamentalistas. Tem essa ótica nacional, que ela sobrepõe necessariamente, mas, há de se levar em conta as realidades locais, porque as pessoas, os interesses locais são legítimos", disse.

"Se eles vão prevalecer ou não, eu espero que seja uma decisão, não da instância nacional ou da instância estadual, mas que seja decisão de um congresso, acima tanto do nacional quanto do local", afirmou.

Dilma evitou dar detalhes de quando deixará o cargo de ministra da Casa Civil para se dedicar à campanha. Disse apenas que os prazos serão definidos após encontro nacional do PT em fevereiro de 2010.

"A gente tem que esperar o congresso do partido, que vai definir quais são os candidatos do partido, do ponto de vista nacional e local e ai então nos poderemos definir prazos de desincompatibilização", disse.Hoje, a ministra foi votar no Diretório Nacional do PT em Brasília, acompanhada do presidente Lula da primeira-dama, Marisa Letícia. Os três votaram juntos, usando camisas vermelhas numa urna especial instalada para filiados do PT que, apesar de serem de outros Estados, moram em Brasília.

Fonte: Terra
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