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Política

Dilma critica adoção de sanções contra Venezuela e defende diálogo

10 jun 2015 - 22h59
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A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira durante uma cúpula com líderes europeus que os países da América Latina e do Caribe não admitem "medidas unilaterais, golpistas e políticas de isolamento" e que, portanto, rechaçam a adoção de quaisquer sanções contra a Venezuela.

Presidente Dilma Rousseff é recebida pelo primeiro-ministro belga, Charles Michel, na chegada à cúpula Celac-UE em Bruxelas, na Bélgica, nesta quarta-feira. 10/06/2015
Presidente Dilma Rousseff é recebida pelo primeiro-ministro belga, Charles Michel, na chegada à cúpula Celac-UE em Bruxelas, na Bélgica, nesta quarta-feira. 10/06/2015
Foto: Eric Vidal / Reuters

Ao discursar na 2ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia, em Bruxelas, Dilma afirmou que a Unasul está trabalhando para promover o diálogo político na Venezuela.

"Sabemos que tais medidas são contraproducentes, ineficazes e injustas. Por isso, rechaçamos a adoção de quaisquer tipos de sanções contra a Venezuela", disse Dilma.

A Venezuela vive uma prolongada crise política, e em março os Estados Unidos declararam o país uma ameaça à segurança nacional, além de ordenar sanções contra autoridades venezuelanas.

Dilma elogiou a reaproximação dos EUA e da UE com Cuba e disse que os presidentes cubano, Raúl Castro, e norte-americano, Barack Obama, deram uma prova de "coragem política".

Ela também defendeu o fim do "anacrônico embargo" dos EUA ao povo cubano como "imprescindível para completar essa mudança".

A presidente reafirmou a intenção do Mercosul de avançar na consolidação da relação com a UE e disse que o bloco sul-americano está pronto para o intercâmbio de ofertas de acesso aos mercados e concluir um acordo "abrangente e equilibrado" ainda neste ano.

"Essa é uma prioridade na agenda externa do Mercosul e do Brasil", disse.

Sobre o clima, Dilma disse esperar que um acordo ambicioso e equilibrado seja alcançado na cúpula climática da Organização das Nações Unidas no fim do ano em Paris, com uma cooperação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

"Acreditamos, no entanto, ser imprescindível que a cooperação na área do clima... se dê por meio do financiamento de ações de mitigação, crédito de carbono e transferência de tecnologia sustentáveis."

(Por Bruno Marfinati)

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