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Política

Dilma comandará 1ª reunião por Pacto Nacional nesta segunda às 16h

Os governadores dos 27 Estados e os prefeitos da capital foram convidados para o encontro

23 jun 2013 - 19h10
(atualizado em 24/6/2013 às 10h11)
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<p>Dilma apoia protesto, mas condena vandalismo</p>
Dilma apoia protesto, mas condena vandalismo
Foto: Reprodução

A presidente Dilma Rousseff se reunirá nesta segunda-feira com os governadores e prefeitos de todo o país para discutir o Pacto Nacional pela melhoria dos serviços públicos. A proposta do encontro foi apresentada em pronunciamento feito em rede nacional nesta sexta-feira, em resposta às manifestações que sacodem o Brasil há duas semanas.

Dilma convidou para o encontro, previsto para acontecer às 16h (horário de Brasília), os governadores dos 27 Estados e os prefeitos das capitais, afirmaram porta-vozes da Presidência. No encontro, no qual estará presente grande parte do gabinete da presidente, será o primeiro em que a governante abordará o Pacto Nacional pela melhoria dos serviços públicos proposto na sexta-feira.

Dilma disse que discutiria as medidas com os governadores regionais e municipais, assim como com os líderes das organizações que vêm convocado os protestos. "Vou receber os líderes das manifestações pacíficas, de sindicatos e associações populares", pois "precisamos de todas suas contribuições, reflexões e experiências", afirmou.

Dilma apoia manifestações, mas condena atos de vandalismo:

Segundo a governante, o principal objetivo do pacto será a elaboração de um Plano Nacional de Mobilidade Urbana que privilegie o transporte coletivo. A reivindicação inicial das manifestações era a redução das tarifas de transporte público e melhorias nesses sistemas. No mesmo pronunciamento, Dilma citou algumas medidas que deve adotar para atendar as reivindicações pontuais dos manifestantes.

Sobre a saúde, a presidente disse que seu governo "trará imediatamente os milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento", e quanto à educação disse que insistirá perante o Congresso na aprovação de um projeto que destine 100% dos royalties do petróleo exclusivamente para este setor.

Dilma também pretende discutir a possibilidade de abrir novas faculdades de medicina para atender o déficit de profissionais e a oferta de bolsas de estudos melhor remuneradas para médicos que aceitem fazer residência em povoações rurais.

Segundo a Frente Nacional de Prefeitos, um fórum que reúne os líderes municipais, alguns dos burgomestres que participarão da reunião com a presidente terão um encontro prévio para discutir as propostas conjuntas que poderão ser apresentadas.

Entre as propostas figura a concessão de isenções fiscais às empresas de transporte público para permitir uma maior redução das passagens de ônibus, metrô e trem.

A reunião acontece no momento em que as manifestações começam a perder intensidade e participação. A maior manifestação entre as realizadas neste domingo em pelo menos 17 cidades foi a do Rio de Janeiro, que reuniu cerca de 4 mil pessoas, que marcharam sem incidentes pela orla das praias de Copacabana, Ipanema e Leblon.

Apesar de os brasileiros continuarem saindo às ruas para protestar e as manifestações serem apoiadas por 75 % da população, as mobilizações vêm perdendo intensidade e participação desde quinta-feira, quando cerca de 1,2 milhão de pessoas saíram às ruas.

Os protestos no Brasil começaram na semana passada em São Paulo, exclusivamente contra o aumento das passagens, mas ganharam outras reivindicações, como maiores investimentos em saúde e em educação, e críticas contra a corrupção e as elevadas despesas do Governo para organizar eventos como o Mundial de 2014.

EFE   
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