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Política

Dilma atribui alta de preço de energia à seca, descarta problema de energia no país

27 fev 2015 - 17h18
(atualizado às 17h24)
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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que os aumentos nos preços da energia no país "são passageiros" e descartou qualquer tipo de problema no setor, mas disse que os consumidores têm obrigação de evitar desperdícios de energia.

Presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. 13/22015
Presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. 13/22015
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Durante inauguração do Parque Eólico Geribatu, no Rio Grande do Sul, a presidente atribuiu o aumento nos preços de energia ao fato de o país enfrentar a maior seca nos últimos 100 anos e, portanto, o sistema de geração térmico está sendo acessado, tornando a energia mais cara.

"Os aumentos nos preços de energia são passageiros, eles estão (subindo) em função do fato que o país enfrenta a maior falta de água dos últimos 100 anos", disse Dilma.

"Isso não significa que nós vamos ter qualquer problema sério na área de energia elétrica", garantiu a presidente. "Não iremos ter, porque temos todo um sistema de segurança."

Especialistas do setor que têm sido consultados pela Reuters apontam que o sistema elétrico brasileiro está operando no limite, com praticamente todas as termelétricas acionadas para ajudar a preservar os reservatórios das hidrelétricas. As represas estão em níveis baixos recordes e seguem em queda num período em que deveriam encher.

Apesar desse cenário preocupante, o governo e a presidente têm evitado investir numa campanha nacional de racionalização do consumo.

Nesta sexta, porém, Dilma mudou o tom e pediu que a população não desperdice energia. "A gente tem que ser favorável de defender, de lutar pelo consumo racional de energia", disse.

"Consumo racional de energia é aquele que significa não desperdiçar, desperdício zero", acrescentou.

Segundo Dilma, a parte que cabe ao governo é "garantir a oferta" de energia e "a parte do cidadão é buscar não desperdiçar energia."

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta sexta-feira revisões extraordinárias de tarifas para 58 distribuidoras de eletricidade do país, com impacto nacional médio de 23,4 por cento. As novas tarifas entram em vigor na próxima segunda-feira.

(Por Jeferson Ribeiro)

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