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Política

Dia é triste para PT, diz Mercadante sobre saída de senadores

19 ago 2009 - 19h37
(atualizado às 20h05)
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Marina Mello

Direto de Brasília

O líder do PT no Senado, Aloisio Mercadante (SP) lamentou nesta quarta-feira a saída da senadora Marina Silva (AC) e do senador Flávio Arns (PR) do partido. A saída de Marina já vinha sendo articulada e segundo ela não teve relação com a crise do Senado. Já o senador Flávio Arns anunciou que deixará o PT pelo fato de o partido ter sido o principal responsável pelo arquivamento de todas as representações contra o presidente do senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética.

Mercadante afirmou que hoje é um dia triste para o PT e ressaltou que a bancada deveria ter seguido suas convicções, já que a maioria dos senadores petistas queria que pelo menos um processo contra Sarney tivesse prosseguimento.

"Hoje, além disso tudo, é um dia triste para a nossa bancada porque a senadora Marina, que já tinha anunciado que se afastaria do PT, e que tem 30 anos de militância junto comigo neste partido, sai do partido pra disputar uma candidatura a presidente. Eu já disse a ela que o PT não sai dela, nem ela sai do PT, mas ela se afasta".

"E o senador Flávio Arns também comunicou que provavelmente sairá do partido. Esse também era um processo que estava em curso. Acho que hoje se materializa, portanto, o preço por isso que nós estamos pagando é muito grande, o que reforça que a posição melhor para o partido era a posição da bancada", afirmou.

Os senadores do Conselho de Ética engavetaram, nesta quarta-feira, por nove votos a seis, os 11 recursos contra o presidente do Senado. As 11 acusações haviam sido arquivadas sumariamente pelo presidente do Conselho de Ética, senador Paulo Duque (PMDB-RJ), aliado de Sarney.

O PT foi o fiel da balança da votação e definiu o placar da votação. Mercadante era a favor de que pelo menos uma ação contra Sarney fosse reaberta. No entanto, o líder petista explicou que, pela "disciplina partidária", a legenda acabou seguindo a orientação do governo e da Executiva Nacional de absolver Sarney.

"Se nós tivéssemos seguido o caminho que nós defendemos, talvez estivéssemos neste momento, tanto o Senado quanto a bancada, numa outra atitude, mas falou mais forte a disciplina partidária. Nós somos um partido de militantes. Partido que tem convicções em termos de respeito a mandato e foi isso o que prevaleceu, muito acima do que era a nossa vontade", disse.

Fonte: Terra
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