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Política

DF exonera secretário que auxiliou apuração contra governador

27 nov 2009 - 19h37
(atualizado às 22h22)
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Marina Mello
Direto de Brasília

O governo do Distrito Federal exonerou nesta sexta-feira o secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, colaborador da investigação que apura um suposto esquema de propina à "base aliada" do governo de José Roberto Arruda (DEM). Foram afastados durante a investigação o chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, o secretário de Educação, José Luiz Valente, o chefe de gabinete, Fábio Simão, e o assessor de imprensa do governo, Omézio Pontes.

Aproximadamente 150 agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em empresas, residências e gabinetes de deputados distritais e apreenderam, ao todo, R$ 700 mil em dinheiro. A Operação Caixa de Pandora apreendeu ainda computadores, documentos e mídias.

Durval Barbosa, foi o colaborador da investigação e gravou uma conversa em que o governador apareceria negociando com ele o destino de R$ 400 mil. Em outro trecho, segundo o despacho do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou as buscas e apreensões, consta a informação de que o dinheiro seria dividido entre deputados distritais da "base aliada".

Segundo informações do Jornal Nacional, o secretário de Educação José Luiz Valente negou ter recebido dinheiro. Já o assessor de imprensa do governador, Omézio Pontes, afirmou que forneceu todas as informações pedidas pela polícia.

Investigação

São investigados os deputados distritais Eurides Brito (PMDB), Rogério Ulisses (PSB), Pedro do Ovo (PRP) e o presidente da Câmara Legislativa do DF, Leonardo Prudente (DEM). Algumas empresas do DF também fazem parte da investigação e foram realizadas buscas em suas sedes. Além das empresas, três pessoas físicas são citadas por Durval Barbosa como as que teriam repassado ao suposto esquema parte dos R$ 600 mil rastreados. Entre elas está o secretário de Educação.

De acordo com o divulgado no Jornal Nacional, o deputado Pedro do Ovo(PRB) disse não ter recebido dinheiro. Já o deputado Rogério Ulysses (PSB), afirmou ter repassado as informações à polícia.

Os demais investigados não falaram sobre o caso.

Fonte: Terra
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