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Política

Deputados coletam assinaturas para CPI dos black blocs

18 fev 2014 - 17h15
(atualizado às 17h57)
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As lideranças do Solidariedade (SDD) e do PMDB na Câmara dos Deputados começaram a coletar assinaturas nesta terça-feira para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista no Congresso Nacional com objetivo de investigar aliciamento e financiamento dos chamados black blocs, grupos mascarados que atuam em protestos. Sem citar nomes, o líder do SDD, Fernando Francischini (PR), disse que a CPI, se instalada, poderá ajudar a investigar autoridades com foro privilegiado supostamente envolvidas com os grupos infiltrados em protestos.

“A proposta da CPI que vai investigar os black blocs do País é investigar se há aliciamento, financiamento de pessoas que são contratadas para quebrar, destruir e afastar as pessoas de bem das manifestações. Nós estamos em um ano de Copa do Mundo e muita gente tem interesse em afastar a população das ruas do País, evitando a cobrança por mais saúde, mais educação, tarifas mais baixas de transporte coletivo”, disse o deputado.

Em reunião na Câmara, a proposta de CPI recebeu assinaturas favoráveis das lideranças do PR, PP, PSDB, DEM, PPS, PSD, PDT, PSC e PTB. Para instalar a CPI mista, é preciso coletar assinaturas de 171 deputados e 27 senadores. Segundo Francischini, a proposta por uma comissão mista foi tomada porque não há espaço para fazer uma CPI apenas na Câmara atualmente.

A suspeita sobre financiamento de grupos black blocs foi levantada pelo advogado Jonas Tadeu, que defende o suspeito de lançar o rojão que matou o cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Andrade. Segundo o profissional, jovens recebiam pelo menos R$ 150 para promover quebra-quebra em manifestações. No início das investigações, o nome do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) chegou a ser ligado a manifestantes próximos aos suspeitos por um estagiário do advogado. A declaração foi criticada pelo parlamentar.

“A CPI é uma comissão parlamentar, tem poderes de investigação próprios, de autoridade judicial, pode fazer quebras de sigilo de autoridades com foro privilegiado, pode pedir extratos telefônicos, extratos bancários, acompanhar movimentação de antenas de telefones celulares que podem estar à margem dessas manifestações”, disse Francischini, sobre a necessidade da investigação.

“Se confirmadas essas informações que chegam a cada momento, seria um dos maiores atentados à democracia brasileira. Fomentar, aliciar e financiar vândalos, bandidos travestidos de manifestantes para atacar a imprensa, como fizeram em várias cidades, quebrando veículos da imprensa, incendiando, atacando vocês mesmo como se fosse o mal da sociedade, o jornalismo”, afirmou o parlamentar.

Cinegrafista morre atingido em protesto
O cinegrafista Santiago Andrade foi atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de um protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Centro do Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro. Além dele, outras seis pessoas ficaram feridas na mesma manifestação.

Marcelo Freixo comenta postura de advogado que tentou ligá-lo a manifestantes que mataram cinegrafista da BandClique no link para iniciar o vídeo
Marcelo Freixo comenta postura de advogado que tentou ligá-lo a manifestantes que mataram cinegrafista da Band

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o cinegrafista chegou em coma ao hospital municipal Souza Aguiar. Ele sofreu afundamento do crânio, perdeu parte da orelha esquerda e passou por cirurgia no setor de neurologia. A morte encefálica foi informada pela secretaria no início da tarde de 10 de fevereiro, após ser diagnosticada pela equipe de neurocirurgia do hospital onde ele estava internado no Centro de Terapia Intensiva.

Fonte: Terra
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