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Política

Denúncia foi baseada em documentos falsos, diz Azeredo

3 dez 2009 - 20h31
(atualizado às 21h26)
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Marina Mello
Direto de Brasília

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) afirmou nesta quinta-feira, por meio de nota, que a abertura de processo contra ele no Supremo Tribunal Federal  (STF) servirá para comprovar "sua correção como agente público". O senador mineiro diz ainda que a abertura de processo foi baseada em documentação falsa "fabricada por um lobista que responde a diversos processos, inclusive por falsificação de documentos".

No início da noite, o STF decidiu abrir processo contra Azeredo. O senador tucano foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por envolvimento com suposto caixa dois de campanha à reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998.

O ministro Joaquim Barbosa afirmou que um laudo do Instituto de Criminalística confirma a autenticidade das assinaturas do senadorem um recibo anexado ao processo. O documento comprovaria a participação do parlamentar no esquema.

No documento divulgado à imprensa, o senador nega que tenha havido mensalão em Minas Gerais e se isenta de responsabilidades em relação às questões financeiras envolvendo a campanha eleitoral em 1998. "Uma campanha eleitoral, em um Estado com 853 municípios, exige delegação de funções, o que foi feito", afirmou.

Em trecho da nota, Azeredo diz ainda que os empréstimos feitos pela empresa SMP&B, de propriedade do empresário Marcos Valério, principal acusado de ser o operador do mensalão, não tiveram seu conhecimento ou autorização nem contaram com a sua assinatura ou aval.

O advogado de Azeredo, José Gerardo Grossi, disse ter a impressão de que o ministro relator, Joaquim Barbosa, quer dar um "impulso processual" muito rapidamente. "Espero que julguem o senador Eduardo Azeredo muito depressa. Os senhores todos devem ter visto as ressalvas com que receberam a denúncia, com exceção do ministro Barbosa, que não examinou denúncia nenhuma, o que ele fez foi julgar a ação penal."

Fonte: Terra
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