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Política

De mísseis a navalhas, maior feira de defesa da América do Sul traz novidades

17 abr 2015 - 15h53
(atualizado às 15h53)
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De mísseis russos a pequenas navalhas suíças, passando por helicópteros, equipamentos de salvamento, robôs que desativam bombas e principalmente armas, teve de tudo entre as novidades apresentadas nesta semana na Feira de Defesa e Segurança LAAD, que termina nesta sexta-feira no Rio de Janeiro.

Mais de 35 mil visitantes, incluindo ministros da Defesa e comandantes militares de dezenas de países, foram conhecer os últimos avanços apresentados na maior feira de defesa, segurança pública e indústria militar da América Latina, que reuniu 676 expositores de 45 países.

Inaugurada na terça-feira pelo ministro da Defesa brasileiro, Jaques Wagner, que afirmou que "a indústria de Defesa conflui com a indústria nacional como um todo", a feira foi cenário de uma intensa semana de negócios, exibições, seminários e reuniões.

Wagner aproveitou a realização do evento para ter reuniões bilaterais com os ministros da Defesa de França, República Tcheca, Suriname, Mauritânia, São Tomé e Príncipe, Paraguai, África do Sul, Jamaica, Iraque e Turquia, e com 15 vice-ministros de diversos países.

Entre os vários expositores da LAAD 2015 estavam grandes empresas do setor como Boeing e Honeywell, Embraer, a estatal russa Rostec e os estaleiros públicos espanhóis Navantia.

Mas também estiveram presentes empresas menos vinculadas ao setor da segurança no imaginário coletivo.

Harley-Davidson se apresentou em Rio com suas míticas motos que hoje escoltam vários líderes no mundo todo e foram uma das principais atrações durante os quatro dias da feira.

Victorinox, que sempre esteve vinculada ao setor militar desde a criação de seu primeiro modelo em 1891, destinada ao exército suíço, expôs os últimos modelos de suas pequenas navalhas suíças.

As operações mais importantes fechadas na feira foram a negociação entre Saab e Embraer, que analisaram um possível acordo para a importação para o Brasil de caças Gripen; e a assinatura de um contrato para a manutenção dos sistemas de aviação entre a Corporação da Indústria Aeronáutica Colombiana (CIAC) e a companhia americana Rockwell Collins.

Algumas decisões de grande relevância no setor foram divulgadas esta semana, como o congelamento do programa de compra de navios militares pelo governo brasileiro devido ao ajuste fiscal, e que diversas empresas de Defesa de Brasil, África do Sul e Rússia avaliam atualmente a produção conjunta de mísseis.

O mercado armamentício no Brasil movimentou cerca de US$ 7,5 bilhões e dinamizou um setor que emprega diretamente 30 mil pessoas, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde).

Apesar da atual crise econômica, as perspectivas do setor são de aumento dos investimentos e da mão-de-obra, que para 2020 pode chegar a ter 50 mil postos de trabalho no país.

EFE   
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