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Política

Cunha diz que operação na Câmara mostra desespero de Janot

Ministro do STF autorizou a PGR a apreender registros de informática da Câmara para reunir provas contra peemedebista

6 mai 2015 - 15h10
(atualizado às 15h39)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), classificou como um desespero do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a operação de busca feita nas dependências da Casa para buscar provas contra ele. Investigado por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, o peemedebista alega que não foram feitas buscas em seu gabinete, mas afirma não ter nada a esconder.

Eduardo Cunha diz que Janot tem "querela pessoal" contra ele
Eduardo Cunha diz que Janot tem "querela pessoal" contra ele
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

“É uma tentativa de procurar provas de algo que não aconteceu. São circunstâncias que mostram o desespero do procurador de tentar encontrar alguma coisa que possa tentar me incriminar”, disse Cunha, em entrevista na Câmara dos Deputados.

“O que foi feito aqui é absolutamente desnecessário, não precisa ser feito isso, bastava ser feito um ofício e mandariam tudo o que foi pedido. Vir aqui buscar daquela forma o que foi buscar, não precisava”, afirmou o presidente da Câmara.

Segundo publicou o jornal O Globo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, autorizou a Procuradoria Geral da República (PGR) a apreender registros de informática da Câmara dos Deputados em busca de provas contra Cunha. O peemedebista é citado pelo doleiro Alberto Youssef como autor de um requerimento para pressionar a empresa Mitsui a voltar a pagar propinas. Ele nega.

O requerimento foi formalmente apresentado pela então deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), mas o nome do presidente da Câmara aparece nos registros de informática como autor do arquivo onde foi criado o documento. Para Cunha, Janot escolheu investigá-lo por uma “querela pessoal”.

Cunha disse que a ordem sobre a diligência foi encaminahda para o diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, sem notificá-lo. "Não houve nada em relação a mim, nem foram no meu gabinete, não existe isso", disse. O peemedebista afirma não dificultaria qualquer pedido de informação. "Eu não vou obstacularizar nenhum cumprimento de absolutamente nada, principalmente do que se trata a minha pessoa. Não é questão da autorizar ou não autorizar. Ordenei que se facilitasse toda e qualquer coisa no que se diz respeito a mim", disse.  

Em reunião da mesa diretora da Câmara, Cunha discutiu a necessidade de regulamentar o sistema de informática sobre senhas de deputados. Muitos parlamentares, segundo ele, deixam assessores utilizar suas senhas. "Do jeito que a coisa está, daqui a pouco qualquer coisa que o funcionário fizer no gabinete pode gerar um tipo de conclusão que não é cabível", disse.

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Fonte: Terra
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