CPI erra horário de depoimento e empresário vai depor dia 5
- Claudia Andrade
- Direto de Brasília
O empresário Gilberto Lucena, da Linknet, confirmou que prestará depoimento à CPI da Corrupção no Distrito Federal no próximo dia 5. A informação foi dada pela presidente da comissão parlamentar de inquérito, deputada Eliana Pedrosa (DEM).
Inicialmente, o depoimento do empresário deveria ter ocorrido na manhã desta quarta, mas ele não compareceu. De acordo com a assessoria de imprensa da deputada, a justificativa foi a de que ele estaria fora de Brasília. Mas, além disso, houve um erro na notificação enviada por correspondência ao empresário, que apontava o horário das 15h para a oitiva, quando o horário acertado inicialmente pela comissão era 10h.
A Linknet é uma das empresas suspeitas de abastecer o suposto esquema de pagamento de propina no governo do Distrito Federal. Lucena aparece em um dos vídeos gravados por Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais e principal delator do esquema que ficou conhecido como mensalão do DEM. No vídeo, o empresário reclamaria das supostas propinas exigidas por integrantes do governo.
Com a confirmação da presença, a CPI não precisará mais solicitar intervenção judicial para garantir a presença do empresário, como ficou acertado na reunião da manhã desta quarta.
Os parlamentares haviam decidido solicitar que a notificação fosse entregue por um oficial de justiça e, caso necessário, que o depoente fosse conduzido por policiais, na qualidade de testemunha, para a oitiva.
Os integrantes da CPI também decidiram inverter a programação dos depoimentos e ouvir em primeiro lugar o ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa. Ele é o principal delator do suposto esquema de pagamento de propina no governo distrital.
O depoimento do ex-secretário está marcado para a manhã da próxima terça-feira, na superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A data foi definida pela PF, uma vez que o delator está sob proteção.
Além de Lucena, também já estão previstos os depoimentos de outros dois empresários: Antônio Pechis, da Adler, e Maria Cristina Bonner, da TBA e B2BR.
As empresas são citadas no inquérito da Operação Caixa de Pandora, que investiga o suposto esquema de corrupção no DF, mas negam as acusações.