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Política

Cotado para ser vice de Pezão em 2014, Beltrame desconversa

Secretário de Segurança Pública do Rio é pressionado pelo PMDB para concorrer a vice-governador em 2014

29 abr 2013 - 15h53
(atualizado às 15h56)
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Objeto de desejo do PMDB do Rio de Janeiro para integrar a chapa ao governo do Estado em 2014 com o atual vice-governador Luiz Fernando Pezão, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, desconversou nesta segunda-feira uma possível candidatura no ano que vem. Setores do PMDB defendem Beltrame como vice na chapa de Pezão. Na semana passada, o presidente regional do partido, Jorge Picciani, chegou a declarar que o governador Sérgio Cabral já convenceu o secretário a integrar a chapa.

"Sou secretário de Segurança e essa é minha equipe. Trabalho com ela, e nosso planejamento não para", afirmou Beltrame, em entrevista na qual detalhou a ocupação dos morros Cerro-Corá, Guararapes e Vila Cândida, na zona sul do Rio. Beltrame não é filiado a qualquer partido político. Caso realmente concorra nas eleições de 2014, terá que entrar para os quadros do PMDB até o próximo dia 5 de outubro.

Ele é o secretário de Segurança mais longevo da história do Rio. No cargo desde 2007, a política de segurança implementada por Beltrame, calcada nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), é um dos pilares do governo Cabral. A boa aceitação por parte da população das medidas na área de segurança contribuíram decisivamente para que Sérgio Cabral tivesse sido reeleito no 1º turno, em 2010. Ao longo desse tempo à frente da secretaria, Beltrame, que é oriundo dos quadros da Polícia Federal, sempre negou que tivesse qualquer intenção em ocupar cargos políticos.

Campanha eleitoral antecipada

A corrida ao Palácio Guanabara já começou, e a guerra nos bastidores é intensa. PMDB e PT deflagraram o primeiro grande conflito, com o repúdio do partido de Sérgio Cabral ao lançamento da pré-candidatura do senador Lindbergh Farias (PT). Em nota, o PMDB colocou em dúvida o apoio da legenda à reeleição de Dilma Rousseff, caso os petistas insistam na chapa para tentar chegar ao governo estadual.

Na televisão, as inserções recentes do PMDB se concentraram em apresentar Pezão ao grande público. A Justiça Eleitoral chegou a determinar que os programas com Pezão não fossem veiculados. Já no PT, o porta-voz foi Lindbergh, que fez críticas ao fato de as UPPs serem concentradas em áreas nobres do Rio. O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ), que governou o Estado de 1999 a 2002, também se apresentou como possível candidato.

Fonte: Terra
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