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Política

Corregedoria recebe representação contra Jaqueline Roriz

16 mar 2011 - 14h27
(atualizado às 14h33)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), encaminhou nesta quarta-feira a representação contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) ao corregedor da Casa, Eduardo da Fonte (PP-PE). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da presidência.

No início do mês, foram divulgadas imagens que mostram a filha do ex-governador Joaquim Roriz recebendo dinheiro do então secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, delator de um esquema de corrupção que ficou conhecido como "mensalão do DEM". À época da gravação, em 2006, Jaqueline era candidata a deputada distrital, e o dinheiro teria sido usado na sua eleição.

Na semana passada, foi divulgada uma nova denúncia, segundo a qual a deputada usou verba indenizatória da Câmara para pagar o aluguel de um imóvel onde funciona uma empresa de propriedade do marido. Marco Maia disse que se ficar comprovado o mau uso da verba, a Câmara vai pedir ainda a devolução do dinheiro usado irregularmente.

Com o recebimento do caso, a Corregedoria da Câmara vai elaborar um parecer sobre o caso e recomendar ou não a abertura de um processo por quebra de decoro pelo Conselho de Ética. Segundo Fonte, a deputada será notificada "o mais rápido possível" e terá prazo de cinco dias para apresentar sua defesa.

O corregedor afirmou ontem ser favorável ao processo. Costumava ser consenso entre os parlamentares que fatos cometidos antes do mandato não fossem alvo de investigação. Porém, muitos deputados, como José Carlos Araújo (PDT-BA), que deve ser eleito hoje presidente do Conselho de Ética, entendem que esse o fato no qual Jaqueline está envolvida demonstra continuidade.

Na segunda-feira, a deputada admitiu em nota ter recebido, em 2006, dinheiro de Durval Barbosa. Segundo o documento, Jaqueline admite que esteve "algumas vezes" no escritório de Barbosa, a pedido dele, para "receber recursos financeiros para a campanha distrital, que não foram devidamente contabilizados na prestação de contas da campanha".

Jaqueline Roriz também pediu licença médica de suas funções como parlamentar por cinco dias e deve ficar longe da Câmara dos Deputados até a semana que vem.

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de um inquérito para investigar a deputada. A solicitação para a investigação havia sido feita pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Com informações da Agência Câmara.

Fonte: Terra
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