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Política

Corregedoria da Câmara recebe 5 representações contra Bolsonaro

31 mar 2011 - 18h56
(atualizado às 19h47)
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A Corregedoria da Câmara dos Deputados informou no início da noite desta quinta-feira que recebeu cinco representações contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). As ações pedem para que seja apurada uma possível quebra de decoro parlamentar por parte do deputado, que deu declarações consideradas preconceituosas contra negros e homossexuais durante o programa CQC, da TV Bandeirantes, na noite da última segunda-feira.

Representações pedem investigação sobre possível quebra de decoro parlamentar por parte de Bolsonaro
Representações pedem investigação sobre possível quebra de decoro parlamentar por parte de Bolsonaro
Foto: Agência Brasil

Três ações foram enviadas por deputados federais do PT, Edson Santos e Alessandro Molon, ambos do Rio de Janeiro, e Luiz Alberto, da Bahia. As outras duas representações são da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir).

As cinco ações foram apresentadas com o pedido de anexação, ou seja, serão apreciadas como uma única representação. O corregedor, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), deverá analisar os pedidos, e, caso seu parecer seja positivo para a abertura das investigações, Bolsonaro será notificado e terá cinco dias para apresentar sua defesa.

O corregedor deverá encaminhar um relatório para a Mesa Diretora, que decidirá se o processo será levado ou não para o Conselho de Ética.

Polêmica

Durante o programa CQC, da TV Bandeirantes, em resposta à cantora Preta Gil, que perguntou ao deputado o que ele faria se seu filho se apaixonasse por uma mulher negra, Jair Bolsonaro respondeu: "Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como, lamentavelmente, é o teu". O deputado afirmou em nota divulgada na terça-feira que entendeu errado a pergunta e achou que a artista se referia a uma relação homossexual.

Na quarta-feira, a polêmica aumentou quando Bolsonaro afirmou estar "se lixando" para o movimento gay. A declaração foi dada no Palácio do Planalto quando o deputado chegava ao velório do ex-vice-presidente da República José Alencar.

Fonte: Terra
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