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Política

Comissão rejeita ouvir suspeitos de fraudes no Esporte

25 out 2011 - 12h51
(atualizado às 12h54)
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

Com forte votação da base governista, a Comissão de Educação do Senado Federal derrubou nesta terça-feira um requerimento que pedia que os parlamentares ouvissem o depoimento de dois assessores do Ministério do Esporte, que supostamente atuariam para sustar um pedido de fiscalização dos recursos da pasta repassados à ONG do policial militar João Dias Ferreira. Foram rejeitadas as oitivas de Fábio Hansen, ex-chefe de gabinete da Secretaria de Esporte Educacional, e de Charles Rocha, ex-chefe de gabinete da secretaria-executiva da pasta.

O ministro disse que Dilma manifestou confiança em seu trabalho e recomendou a ele serenidade e paciência
O ministro disse que Dilma manifestou confiança em seu trabalho e recomendou a ele serenidade e paciência
Foto: José Cruz / Agência Brasil

João Dias Ferreira acusa o ministro Orlando Silva de participar de um suposto esquema de corrupção para a liberação de recursos públicos para ONGs. O PM foi um dos cinco presos no ano passado pela polícia de Brasília sob acusação de participar de desvios de recursos destinado a um programa da pasta. Investigações passadas apontavam diversos membros do PCdoB como protagonistas das irregularidades, na época da Operação Shaolin, mas é a primeira vez que o nome do ministro é mencionado por um dos suspeitos. Ferreira, por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, firmou dois convênios, em 2005 e 2006, com o Ministério do Esporte.

As acusações contra Orlando Silva

Reportagem da revista Veja de outubro afirmou que o ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), lideraria um esquema de corrupção na pasta que pode ter desviado mais de R$ 40 milhões em oito anos. Segundo o delator, o policial militar e militante do partido João Dias Ferreira, organizações não-governamentais (ONGs) recebiam verbas mediante o pagamento de uma taxa que podia chegar a 20% do valor dos convênios. Orlando teria recebido, dentro da garagem do ministério, uma caixa de papelão cheia de cédulas de R$ 50 e R$ 100 provenientes dos desvios que envolveriam o programa Segundo Tempo - iniciativa de promoção de práticas esportivas voltada a jovens expostos a riscos sociais.

João Dias Ferreira foi um dos cinco presos no ano passado pela polícia de Brasília sob acusação de participar dos desvios. Investigações passadas apontavam diversos membros do PCdoB como protagonistas das irregularidades, na época da Operação Shaolin, mas é a primeira vez que o nome do ministro é mencionado por um dos suspeitos. Ferreira, por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, firmou dois convênios, em 2005 e 2006, com o Ministério do Esporte.

O ministro nega as acusações e afirmou não haver provas contra ele, atribuindo as denúncias a um processo que corre na Justiça. Segundo ele, o ministério exige judicialmente a devolução do dinheiro repassado aos convênios firmados com Ferreira. Ainda conforme Orlando, os convênios vigentes vão expirar em 2012 e não serão renovados.

Fonte: Terra
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