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Política

Comissão da Câmara adia eleição após candidatura de pastor

Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) registrou candidatura avulsa para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados contra deputado do PT

4 mar 2015 - 15h57
(atualizado às 16h46)
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<p>Nas contas de parlamentares ligados à defesa dos Direitos Humanos, Cavalcante teria votos suficientes para vencer a disputa.</p>
Nas contas de parlamentares ligados à defesa dos Direitos Humanos, Cavalcante teria votos suficientes para vencer a disputa.
Foto: Divulgação

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados adiou para a próxima quarta-feira (11) a eleição do novo presidente do colegiado. A decisão ocorreu diante da candidatura avulsa do pastor Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), eleito deputado com o apoio do também pastor Silas Malafaia.

Pelo acordo firmado entre lideranças partidárias com base na proporcionalidade das bancadas, coube ao PT indicar formalmente o presidente. O partido escolheu Paulo Pimenta (PT-RS) para o cargo, nome que foi comemorado por movimentos sociais. Nas contas de parlamentares ligados à defesa dos Direitos Humanos, Cavalcante teria votos suficientes para vencer a disputa.

Cavalcante, que pertence ao mesmo bloco partidário do PT, indicou seu nome de forma avulsa, à revelia do líder de sua legenda, Rogério Rosso (PSD-DF), e do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo ele, o peemedebista pediu três vezes para que ele retirasse a candidatura. 

Presidente da Comissão no ano passado, Assis do Couto (PT-PR), negou o pedido da candidatura avulsa com base em um eventual prejuízo à proporcionalidade partidária. Entretanto, o petista atendeu a um pedido do líder de seu partido, Sibá Machado (AC), e encerrou a reunião.

Cavalcante acredita que sofre preconceito por ser pastor evangélico. “Não entendo por que tanto preconceito com a nossa candidatura”, disse. “Todo pastor, todo sacerdote, é militante de direitos humanos. Não sei por que atribuíram que a direitos humanos são ligados a partidos de esquerda”, afirmou o candidato.

O deputado evangélico tem o apoio de Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), integrantes da bancada da bala que também fazem parte da CDHM. O Bolsonaro pai costuma fazer discursos na Câmara contrários aos trabalhos da comissão em defesa dos direitos de homossexuais e presidiários, por exemplo. Na semana passada, o pepista disse que a bancada da bala” deveria tomar o controle da comissão de Direitos Humanos.

Para Paulo Pimenta, a candidatura do deputado do PSD fere o regimento da Casa. “Tenho certeza que nesta semana ele vai pensar no equívoco que fez”, disse o petista.

Deputado teria chamado manifestantes de "burros" na Assembleia; vídeo:

Fonte: Terra
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