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Política

Cerca de 1,5 mil pessoas marcham em Montevidéu contra julgamento de Dilma

10 mai 2016 - 22h17
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Cerca de 1,5 mil pessoas marcharam nesta terça-feira pela principal avenida de Montevidéu contra o possível julgamento político de Dilma Rousseff, algo que os organizadores da manifestação consideram um "golpe de Estado".

Esta manifestação foi convocada pela coalizão de esquerda que governa no Uruguai, a Frente Ampla (FA), a maior central sindical do país, o PIT-CNT, e várias organizações sociais.

Em meio a palavras de ordem como "o imperialismo pela América Latina" e "não ao golpe de Estado", os participantes, entre os quais destacaram-se alguns brasileiros, cubanos e venezuelanos, se deslocaram por cerca de dois quilômetros pela avenida 18 de Julio.

No ponto de chegada, diversos representantes de organizações civis leram uma nota na qual expressaram sua postura contra o julgamento político de Dilma e a favor da "defesa da democracia entre os governos".

Nesse sentido, Javier Miranda, o representante da FA e membro do comitê de Direitos Humanos desta organização política, disse à Agência Efe que é uma "grande alegria" ver "tanta gente se mobilizando" pela situação do país, que qualificou como "preocupante".

"Mais uma vez na região, por mecanismos formalmente democráticos, tentam quebrar a continuidade de um governo eleito democraticamente, é uma enorme preocupação", garantiu.

Miranda afirmou que no Brasil "estão sendo violados os direitos políticos de um povo" que elegeu uma líder e acrescentou que "estão violando" a Constituição brasileira.

"Dizemos não a este avanço sobre as democracias na América Latina, algo similar ocorreu no Paraguai há pouco tempo, e realmente vemos com preocupação. É um respaldo à Dilma como presidente", especificou.

Já o secretário-geral do PIT CNT, Marcelo Abdallah, disse à imprensa que esta atividade é uma manifestação contra o "golpe de Estado" no Brasil.

"O que está por trás de tudo isto é uma tentativa de despejar o Poder Executivo, legitimamente eleito pelo povo do Brasil, para que termine a aplicação de um conjunto de políticas sociais que beneficiaram ao povo e aos mais despossuídos", cotou.

Do mesmo maneira, reiterou que é um "golpe de Estado", já que segundo sua opinião, "querem despejar" ao Poder Executivo, sobre acusações que "nada têm a ver" com um crime ou crime para a nação.

No entanto, ressaltou que a dirigência do PIT CNT tem uma relação "muito estreita" com os sindicatos do Brasil, que colocam que atuarão "em favor da democracia" com mobilizações de rua.

EFE   
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