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Política

Campos faz críticas duras a Dilma e diz representar a mudança progressista

15 jul 2014 - 13h35
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O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, criticou duramente nesta terça-feira a presidente Dilma Rousseff (PT), que busca a reeleição, e se apresentou como a opção de mudança do chamado campo progressista na disputa deste ano.

Candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, com a candidata a vice Marina Silva (ao fundo) durante anúncio da decisão de Marina de se filiar ao PSB. 5/10/ 2013.
Candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, com a candidata a vice Marina Silva (ao fundo) durante anúncio da decisão de Marina de se filiar ao PSB. 5/10/ 2013.
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

"Ela (Dilma) jogou fora essa oportunidade. Ou não soube fazer ou não teve força para fazer ou não teve capacidade política de entender qual era o papel dela na história", disse Campos em sabatina organizada conjuntamente pelo jornal Folha de S.Paulo, portal UOL, rádio Jovem Pan e Rede SBT.

"Ela que se dizia desenvolvimentista, vai nos legar o tempo de mais baixo crescimento; ela que dizia que ia baixar os juros, vai nos legar os juros mais altos no tempo em que as famílias brasileiras estão mais endividadas; ela que dizia que ia baixar a energia elétrica, a energia foi lá para cima", listou Campos.

Dizendo que o país está cansado da polarização PT X PSDB, o ex-governador de Pernambuco, que aparece num distante terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, disse que sua campanha não quer "falar mal de quem quer que seja".

Num momento em que a ampla maioria da população deseja mudança, segundo as pesquisas, Campos disse que existem dois projetos para mudar o país: o seu, do campo progressista, e o do "campo conservador", como classificou a candidatura de Aécio Neves, do PSDB, o segundo colocado na disputa. Dilma lidera a corrida.

Mencionando em vários momentos sua companheira de chapa, a ex-senadora Marina Silva, que teve em 2010 quase 20 milhões de votos como candidata presidencial, Campos disse estar tranquilo com a posição que ocupa nas pesquisas no momento, porque a campanha acabou de começar.

Embora oficialmente a campanha eleitoral tenha se iniciado apenas no último dia 6, a chamada pré-campanha aconteceu com grande movimentação dos candidatos no primeiro semestre do ano.

Nesse período, porém, Dilma contou com uma vantagem por ter mais exposição na mídia devido ao seu cargo. A campanha tende a embalar mesmo apenas com o início do horário da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, em meados de agosto. E aí, novamente, Dilma terá vantagem, por ter mais tempo já que conseguiu apoio de mais partidos à sua candidatura.

Questionado se as alianças regionais não seriam incoerentes com sua postura de fazer a política de um modo diferente --no Estado de São Paulo, o PSB está coligado ao PSDB, e no Rio de Janeiro está aliado ao PT-- Campos minimizou isso, dizendo que o importante mesmo é conquistar o governo federal, para poder mudar o país. "É Brasília que alimenta a política atrasada nos Estados."

Campos disse também defender a mesma proposta de Aécio, para que o mandato presidencial passe de quatro para cinco anos, com o fim da reeleição.

O candidato defendeu ainda passe livre em ônibus para estudantes pobres e reafirmou seu compromisso com escola de tempo integral, uma nova tabela do Imposto de Renda e quatro milhões de casas populares.

(Por Alexandre Caverni e Renan Fagalde)

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