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Política

Campos diz a Marina e aliados que é preciso evitar 'cascas de banana'

16 out 2013 - 14h28
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Preocupado com a reação dos adversários à aliança com a ex-senadora Marina Silva, o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, pediu nesta quarta-feira a aliados que evitem as "cascas de banana" que surgirão pelo caminho.

"Ele (Campos) disse que nós precisamos tomar cuidado com as cascas de banana que estão surgindo no nosso caminho, como a questão de quem será o candidato do PSB à Presidência", afirmou o líder do PSB no Senado, Rodrigo Rolemberg (DF), depois da reunião do Diretório Nacional do partido em Brasília.

Campos e Marina se aliaram depois que a ex-senadora viu naufragar o registro do seu partido, o Rede Sustentabilidade, mas o nome que vai liderar a chapa ainda não foi anunciado oficialmente. O governador tem afirmado que a decisão sobre quem será o candidato do partido à Presidência em 2014 ficará para o ano que vem.

Marina, que tem um desempenho melhor do que o provável candidato socialista na pesquisas, participou de parte da reunião e, segundo relato de parlamentares, voltou a fazer críticas ao atual governo.

Apesar de também ter feito algumas críticas ao governo durante a reunião, Campos afirmou a jornalistas que não pretende transformar o debate eleitoral num "ringue" de luta. "Se depender de nós, nós não vamos fazer do debate sobre o Brasil um ringue. Não é esse nem o jeito de Marina fazer política e nem o meu jeito de fazer política. Nós queremos discutir as ideias", afirmou o governador pernambucano ao sair da reunião.

Nos últimos dias, a presidente Dilma Rousseff e Marina têm trocado farpas. Na segunda-feira, durante uma entrevista a rádios de Minas Gerais, a petista aconselhou os eventuais adversários a "estudar muito" para concorrer à Presidência.

Horas depois, a ex-senadora e ministra do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu e disse que "difíceis são aqueles que acham que já não têm mais o que aprender e só conseguem ensinar".

Na terça-feira, a presidente usou o Twitter para responder e disse não acreditar "naqueles soberbos que julgam que nascem sabendo ou que já aprenderam tudo". "Acredito que a gente nunca para de aprender, aprendemos sempre, aprendemos com as outras pessoas, aprendemos estudando", disse Dilma em mensagem publicada no serviço de microblog, após cerimônia de entrega de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida em Vitória da Conquista (BA).

Mais críticas

Nesta quarta, apesar de dizer que a discussão com os adversários não vai migrar para "o desrespeito e a agressão", Campos foi irônico ao declarar que a bancada do PSB está disposta a ajudar o governo no Congresso.

"No que for importante para o Brasil nós estamos dispostos, as nossas bancadas, a ajudar o governo a pular fora desse jogo bruto que muitas vezes alguns aliados fazem com o governo", afirmou o socialista.

O deputado Alfredo Sirkis (PSB-RJ), um dos parlamentares que se juntaram ao PSB após aliança com a Rede, afirmou que durante a reunião Campos e a ex-senadora voltaram a pontuar críticas sobre a condução econômica do País e ao modelo de desenvolvimento.

"O governo Dilma cometeu erros. Enfraqueceu esse compromisso que o PT assumiu na carta aos brasileiros em 2002", disse.

Segundo ele, o governo aprofundou um caminho de "insustentabilidade quando passou a subsidiar sem critério algum a indústria automobilística e a gasolina", errou ao não ser suficientemente combativo na questão do Código Florestal e quando passou a patrocinar "o capitalismo clientelista através do BNDES".

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