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Câmera detecta armas e objetos sob a roupa sem usar raio-X

Tecnologia pode identificar desde "homens-bomba" até pessoas que escondem armas, sem o uso de raio-X

18 abr 2013 - 10h13
(atualizado às 13h02)
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Uma câmera que detecta objetos escondidos sob a roupa e a até 10 metros de distância, sem "despir" as pessoas, pode ajudar o Brasil a garantir a segurança na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016.

A câmera, desenvolvida por pesquisadores britânicos, pode identificar desde "homens-bomba" até pessoas que escondem armas e drogas sob a roupa, sem a necessidade de obrigá-las a passar por aparatos como raio-X.

Trata-se do ThruVision TS4, um scanner desenvolvido pela empresa britânica Digital Barriers, que se transformou em uma das atrações da Feira Internacional de Defesa e Segurança LAAD, o maior evento do setor na América Latina e que foi realizada no Rio de Janeiro.

Imagem mostra a tecnologia identificando uma arma sob a roupa de um homem
Imagem mostra a tecnologia identificando uma arma sob a roupa de um homem
Foto: Divulgação

A Digital Barriers, que expôs a tecnologia pela primeira vez em uma feira internacional, negocia sua venda ao Brasil para ajudar na segurança dos próximos eventos no país, como a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude.

"Estamos em negociações com organismos de segurança do Brasil para que possam utilizá-lo a partir deste ano, mas não podemos dar mais detalhes", disse Christopher Bollinghaus, diretor-executivo da empresa britânica, no pavilhão do Reino Unido na feira do Rio.

O executivo afirmou que, apesar de seu recente lançamento, o ThruVision já foi vendido a alguns países, especialmente para ser usado em lugares com grandes aglomerações, com aeroportos, estações de metrô e estádios, mas também em postos da alfândega.

"A principal vantagem é que é uma tecnologia passiva, já que não ameaça a saúde de ninguém nem viola a intimidade das pessoas", afirmou Bollinghaus ao explicar que o scanner capta objetos que estão sob a roupa, sem exibir as partes íntimas das pessoas, como ocorre com tecnologias similares que geraram grande controvérsia.

Isso acontece porque, ao invés de emitir raios para detectar o que as pessoas escondem, o ThruVision capta a energia natural irradiada pelas pessoas e, dessa forma, identifica objetos que bloqueiam esse sinal.

Digital Barriers negocia sua venda ao Brasil para ajudar na segurança dos próximos eventos no país
Digital Barriers negocia sua venda ao Brasil para ajudar na segurança dos próximos eventos no país
Foto: Divulgação

Por essas características, o equipamento pode ser usado para detectar, em tempo real, objetos de qualquer tamanho, inclusive pó, gel, líquidos escondidos em várias camadas de roupa e a uma distância que varia de 4 a 10 metros, de acordo com o tipo de material.

O equipamente é portátil e compacto e transmite imagens de alta qualidade em uma tela instalada em um centro de controle.

A tecnologia, capaz de scanear pessoas inclusive em movimento, foi desenvolvida originalmente pela empresa ThruVision System e sua patente adquirida pela Digital Barriers no ano passado.

"A tecnologia exigiu vários anos de trabalho de pesquisadores do governo britânico e originalmente era destinada a medir o buraco na camada de ozônio, mas a adquirimos para usá-la em aplicações de segurança", segundo Bollinghaus.

O executivo assinalou que a tecnologia ainda não estava na lista dos Jogos Olímpicos que Londres organizou no ano passado, mas que pode servir para os grandes eventos que terão como sede o Brasil.

Parte dos equipamentos que o Reino Unido expôs na feira de Defesa do Rio foram usados nos Jogos Olímpicos de 2012 e podem ser adotados para os de 2016, explicou à Agência Efe o coordenador do pavilhão britânico, Adam Thomas.

O executivo acrescentou que, além das negociações com os organismos brasileiros, também tem conversas adiantadas com empresas interessadas em produzi-lo no país.

"A tecnologia é britânica e estamos abertos para formar alianças com possíveis parceiros para fabricá-la localmente", disse.

EFE   
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