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Câmara conclui votação dos royalties e rejeita piso para óleo excedente

14 ago 2013 - 18h58
(atualizado às 20h05)
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A Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira a votação do projeto que destina os royalties do petróleo para educação e saúde e rejeitou dispositivo que previa um piso para o percentual de óleo excedente a ser entregue à União nas licitações das áreas do pré-sal.

O governo federal era contra o piso, pois considerava que isso diminuiria a flexibilidade dos leilões de áreas de exploração do petróleo da camada do pré-sal pelo regime de partilha.

Por esse regime, órgãos do governo definem o mínimo de óleo que deverá ser oferecido à União. Quem oferecer a maior parcela de óleo à União, ganha a licitação da área de exploração em questão.

O texto aprovado anteriormente pela Câmara previa a fixação do piso de 60 por cento, mas os deputados fecharam um acordo para retirar esse dispositivo, como queria o governo.

A queda de um percentual mínimo foi comemorada pelo líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), na tribuna da Casa.

"Há um edital na praça que estabelece um mínimo de 40 por cento de excedente em óleo para a maior licitação da história do petróleo do mundo. Se nós alterássemos neste momento e colocássemos 60 por cento, haveria naturalmente uma desconfiança do que é que o Brasil de fato quer, à medida que solta um edital e no meio da disputa altera a regra do jogo", argumentou.

Chinaglia se referia ao leilão da área de petróleo de Libra, marcado para outubro. A área é apontado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) como a maior reserva de petróleo do Brasil.

O texto, que agora vai à sanção presidencial, foi aprovado com um ponto que desagrada ao governo, o que destina 50 por cento dos recursos recebidos pelo Fundo Social, que inclui seu capital principal, para aumentar o volume de recursos destinados à saúde e da educação.

O governo defendia a destinação de 50 por cento dos rendimentos do Fundo Social, não seu capital principal, para a educação.

A proposta enviada pelo governo ao Congresso previa a destinação integral dos recursos dos royalties e da participação especial à educação, medida assumida como um compromisso pessoal pela presidente Dilma Rousseff.

O texto aprovado, no entanto, inclui a destinação de recursos à saúde. A área receberá 25 por cento dos recursos, enquanto os 75 por cento restantes irão para a educação.

(Por Maria Carolina Marcello,; com reportagem adicional de Eduardo Simões em São Paulo)

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