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Política

Brasil se tornou o País da impunidade, diz Alencar

9 nov 2009 - 09h01
(atualizado às 11h03)
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O vice-presidente da República, José Alencar, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que o Brasil se tornou "o País da impunidade". "Isso é sério e precisa mudar. Não se pune a corrupção. Eu não vejo que isso está mudando", disse Alencar.

Questionado se as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o mensalão mineiro e sobre o suposto esquema de pagamento para parlamentares votarem de acordo com o governo Lula - o chamado mensalão -, o vice-presidente respondeu: "é preciso haver investigações rigorosas e detalhadas, não importa quem é o investigado. Sempre defendi isso. Eu acredito que todos são inocentes até se prove o contrário, mas o Brasil se tornou o País da impunidade. Isso é sério e precisa mudar. Não se pune a corrupção. Eu não vejo que isso está mudando".

O Supremo Tribunal Federal (STF) avalia se aceita denúncia contra o senador Eduardo Azeredo por supostamente ter desviado dinheiro do governo de Minas Gerais, 1998, para a campanha eleitoral, quando tentou se reeleger governador. O suposto esquema ficou conhecido como mensalão mineiro. O ministro Joaquim Barbosa, relator do caso, aceitou duas denúncias, mas os demais ministros ainda devem se pronunciar.

O vice-presidente disse ainda que gostaria de se candidatar ao Senado no final do atual mandato. Contudo, ele disse que depende de melhoras no seu tratamento de saúde contra o câncer. "Se eu tiver bem, eu posso levar meu nome. Se os eleitores quiserem, eu volto para o Senado", disse Alencar.

Sobre a doença, o vice-presidente disse que os exames mostraram uma grande redução dos tumores e que está passando bem. Ele ainda afirmou que há uma "verdadeira corrente no Brasil inteiro de pessoas que me mandam cartas, mensagens, remédios, ervas, uma coisa nunca vista. O que eu tenho recebido, o que chega, não tem gabinete que consiga catalogar. As manifestações são fantásticas".

Sobre a possível candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República pelo PT em 2010, Alencar disse à Folha que a ministra contribui para que chegue ao governo influência de dois Estados importantes: Minas Gerais (onde Dilma nasceu) e Rio Grande do Sul (onde viveu).

Por outro lado, sobre uma possível candidatura de Aécio Neves, governador de Minas Gerais, à presidência pelo PSDB, Alencar disse ter grande respeito pelo tucano, "mas ele tem um problema para resolver dentro do partido primeiro(a disputa pela indicação com o governador de São Paulo, José Serra)".

Fonte: Terra
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