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Política

Brasil e Peru trabalharão em agenda renovada para ampliar relações comerciais

21 jul 2015 - 17h29
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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Armando Monteiro, e a ministra peruana de Comércio Exterior e Turismo, Magali Silva, se reuniram nesta terça-feira em Lima e trabalharão em uma agenda renovada que permita ampliar as relações comerciais entre os países.

Os ministros explicaram em entrevista coletiva que seus respectivos governos avançarão na negociação do Acordo de Complementação Econômica número 58 (ACE-58) para permitir um maior acesso de suas respectivas empresas a esses mercados e estimular um maior fluxo de investimentos.

A negociação desse acordo contempla temas de serviços, contratação pública, investimento, facilitação do comércio e a aceleração dos cronogramas para a redução tarifária.

Os dois ministros também concordaram em fomentar novos espaços de encontros comerciais entre as pequenas e médias empresas para potencializar as oportunidades de negócios.

Silva informou que o governo peruano criará em breve uma empresa de exportação de serviços em São Paulo que funcionará a modo de consórcio para "juntar diferentes empresas pequenas que não têm a capacidade de chegar a outros mercados devido a seu porte".

A ministra lembrou que o Brasil foi o terceiro maior parceiro comercial do Peru no ano passado, com uma troca que alcançou os US$ 3,5 bilhões e um notável aumento das exportações não tradicionais graças a produtos como quinoa e uva, entre outros.

Também garantiu que os novos acordos que o Peru firmar com o Brasil permitirão aumentar o montante da troca comercial nos próximos anos.

A ministra de Comércio Exterior assinalou que as duas economias são complementares e que ambos os governos entendem que a cooperação e a troca de conhecimento são fundamentais para enriquecer suas respectivas estruturas produtivas.

"No Brasil há uma produção crescente de tecnologia e de bens que não necessariamente afetam a indústria peruana, como os automóveis e os chips eletrônicos. No entanto, eles não são autossuficientes em sua produção de cereais, por exemplo, e o Peru pode fortalecê-los", comentou.

O ministro brasileiro defendeu o estabelecimento de redes produtivas entre os dois países porque, segundo disse, vê oportunidades em vários setores e encorajou o setor privado a identificar possibilidades de troca e integração entre ambas as economias.

"Da nossa visão, o Peru pode se tornar um grande fornecedor de bens para a Amazônia brasileira, já que as condições de integração física e infraestrutura nos permite ter no Peru uma base muito importante de provedores e fornecimento", acrescentou.

Monteiro explicou que sua visita ao Peru "é extremamente importante", porque a presidente Dilma Rousseff disse que "para o Brasil é fundamental ampliar as relações comerciais com o resto da América do Sul".

O ministro indicou que o projeto do trem que unirá a costa atlântica do Brasil com a costa do Oceano Pacífico do Peru é "estratégico" no objetivo do governo de avançar na integração com o resto da região.

Monteiro viajará nesta quarta-feira de Lima à Colômbia para assistir à abertura da feira Brasil Tecnológico, organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

EFE   
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