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Política

Brasil e Bolívia estudam ações conjuntas de segurança nas fronteiras

14 mai 2013 - 20h37
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Autoridades de Brasil e Bolívia iniciaram nesta terça-feira uma reunião para abordar ações conjuntas de segurança nas fronteiras contra crimes como o narcotráfico e o tráfico humano, além da situação de seus imigrantes ilegais.

O encontro, inaugurado hoje na cidade de Santa Cruz, aborda "um amplo espectro de tópicos, desde a luta contra o narcotráfico até a situação dos fronteiriços imigrantes ilegais, passando pelo tráfico humano e o roubo de veículos", disse à agência Efe uma fonte da embaixada do Brasil na Bolívia.

Estava prevista a chegada do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mas complicações na agenda impediram sua presença, acrescentou a mesma fonte.

A comitiva brasileira está liderada pelo embaixador desse país em La Paz, Marcel Biato, a quem acompanham a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e delegados de Acre, Rondônia e Mato Grosso, que fazem fronteira com o país vizinho.

O recém nomeado secretário nacional de Políticas sobre Drogas, Vitore Maximiano, também participa do encontro e "escolheu a Bolívia como seu primeiro destino internacional, o que ressalta a prioridade que o Brasil atribui à Bolívia no marco da luta contra o narcotráfico", destacou a fonte consultada pela Efe.

O vice-ministro boliviano de Substâncias Controladas, Felipe Cáceres, assinalou que as autoridades dialogam sobre a luta antidrogas, a segurança pública e a prevenção em mesas de trabalho que amanhã apresentarão suas conclusões no encerramento do evento.

Cáceres destacou o interesse da Bolívia em que os projetos para o controle do espaço aéreo que realizados na fronteira sejam "constantes e contínuos" para frear o narcotráfico.

A Bolívia é um país produtor de cocaína, da mesma forma que Peru e Colômbia, mas o Executivo boliviano sustenta que seu território também serve de passagem para a droga peruana dirigida aos mercados de Brasil, Argentina e Paraguai.

O Brasil expressou várias vezes sua preocupação devido ao fato de 60% da cocaína encontrada em seu mercado vir da Bolívia, cujo governo assegura que uma porcentagem similar da droga que circula em território boliviano tem origem no Peru.

Os governos de ambos países reforçaram as tarefas conjuntas antidrogas nos últimos anos, sobretudo na fronteira que compartilham, que tem uma superfície de 3,5 mil quilômetros.

EFE   
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