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Política

Bolsonaro critica gays e diz estar 'se lixando' se perder votos

17 mai 2011 - 17h18
(atualizado às 17h22)
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Claudia Andrade
Direto de Brasília

O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi entrevistado nesta terça-feira a poucos metros do auditório onde é realizado um seminário LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), na Câmara dos Deputados nesta terça-feira. Ele voltou a se posicionar contra a distribuição da cartilha contra a homofobia nas escolas e contra o projeto de lei sobre criminalização da homofobia.

Senadora Marinor Brito (PSOL-PA) e deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) chegaram a discutir durante reunião na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), que debate proposta que pune a discriminação a homossexuais
Senadora Marinor Brito (PSOL-PA) e deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) chegaram a discutir durante reunião na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), que debate proposta que pune a discriminação a homossexuais
Foto: Márcia Kalume / Agência Senado

Disse que não participou do seminário porque não foi convidado, mas que teria o que falar para mostrar que "alguém está falando contrário às propostas deles, senão dá a entender que todo mundo é a favor".

Questionado se era homofóbico, foi enfático: "Quem é contra é homofóbico e quem está quieto está no armário. Eu não vou deixar de defender a família, os bons costumes, a religião e as crianças. Se vou perder voto, estou me lixando pra isso. Se defender a família, as crianças é ser homofóbico, eu sou com todo prazer e vou acabar usando uma camiseta nesse sentido", disse.

O deputado disse ter visto apoio da população durante uma panfletagem no Rio de Janeiro, no último domingo. "De cada 10, nove me elogiavam. Um xingava, lógico. Quem fala comigo não tem argumento porque o que eu mostro não tem como ser contra-argumentado".

Bolsonaro afirmou ainda que não foi eleito apenas com os votos de militares. "Eu não fui eleito só por militar, não. Tive muito voto civil e agora vou ter muito mais ainda".

Pela manhã, a cantora Preta Gil, que participou do seminário, disse que iria lutar contra a reeleição de Bolsonaro no Rio de Janeiro. A cantora protagonizou uma polêmica com o deputado Bolsonaro, que, em entrevista ao programa CQC, da Bandeirantes, fez duras críticas à cantora, chamando-a de promíscua.

Um dos organizadores do evento, o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), disse que se Bolsonaro aparecesse no seminário, seria ouvido. "O que não pode é incorrer na ofensa ao público LGBT", afirmou.

Fonte: Terra
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