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Política

Base aliada deixa Dilma tranquila no Congresso, diz líder

11 ago 2011 - 14h12
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O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse nesta quinta-feira que a maior parte dos deputados que compõem a base aliada é favorável às medidas adotadas pela presidente Dilma Rousseff para apurar as denúncias de corrupção em ministérios. Entretanto, não acredita que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Corrupção vá ser, de fato, criada no Congresso.

"Desde 1º de fevereiro (início da legislatura) ouço que a oposição vai fazer uma CPI. Não tem novidade política nisso. Quero ler o requerimento e ver as assinaturas", disse. Para Vaccarezza, deputados da base aliada não devem assinar o requerimento de criação da CPMI. "Qualquer presidente deveria agradecer por ter uma base aliada como tem a presidenta Dilma. Nunca vi aqui essa situação de tranquilidade como a presidenta tem", disse.

O líder acrescentou ainda que a base aliada continua unida, apesar da divergência de quarta-feira, durante as negociações para a definição da pauta da semana. Segundo ele, havia desconforto de alguns deputados governistas, mas o assunto já foi resolvido. "Na terça-feira , vamos votar a MP 532", disse. A Medida Provisória 532 permite ao Executivo alterar o percentual de álcool anidro adicionado à gasolina, que poderá variar de 18% a 25%, para reduzir o preço final do combustível aos consumidores.

Além de garantir que a insatisfação entre os aliados está resolvida, Vaccarezza afirmou que a base está unida e que o PR, partido que ameaçou declarar independência do bloco do governo, vai continuar na base. "Não tem nenhum partido da base que queira ir para a oposição. Nem o PR. O partido está na situação e apoia a presidenta Dilma. Assim como não tem nenhum deputado da base migrando para a oposição", explicou.

Sobre a atuação da Polícia Federal (PF) no Ministério Turismo, ele condenou o uso de algemas durante a Operação Voucher, que prendeu 35 pessoas ligados à pasta na terça-feira (9). Para ele, a atitude foi indevida. "Houve evidente abuso de autoridade do juiz, do promotor e na ação da Polícia Federal", disse. "Sou contra a pessoa ser algemada para ser desmoralizada. O uso indevido da algema é uma forma de tortura e de abuso de poder", completou.

Agência Brasil Agência Brasil
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