PUBLICIDADE

Política

Avô e padrinho político de Campos também morreu em um dia 13 de agosto

13 ago 2014 - 15h14
Compartilhar

O candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos, morreu nesta quarta-feira em um acidente de avião, no dia do aniversário da morte de seu avô e padrinho político, o histórico líder esquerdista e também ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes.

Campos, de 49 anos e que aparecia em terceiro nas enquetes de intenções de voto para as eleições presidenciais de 5 de outubro, morreu quando o avião em que viajava caiu na cidade de Santos, a cerca de 70 quilômetros de São Paulo, para onde se dirigia para cumprir compromissos de sua campanha.

Seu avô, um histórico líder socialista que desde a década de 1960 impulsionou as cooperativas agrícolas e os sindicatos em Pernambuco, morreu aos 88 anos em 13 de agosto de 2005 em um hospital da cidade de Recife após vários dias internado.

Foi precisamente pelas mãos de seu avô que Campos se iniciou no mundo da política, quando trabalhou ativamente na campanha que elegeu Arraes como governador de Pernambuco.

Depois que Miguel Arraes foi cassado como governador pela última ditadura e retornou ao país graças à lei de anistia, Campos costumava ir ao centro de Recife com um megafone para pedir votos para a campanha de seu avô à Câmara dos Deputados.

Por causa da eleição de Arraes novamente como governador de Pernambuco em 1987, Campos trabalhou lado a lado com seu avô como chefe de gabinete do governador.

Em 1990, Campos abandonou junto com seu avô o PMDB e ambos filiaram-se ambos ao PSB.

Já na formação socialista, primeiro à sombra de Miguel Arraes e depois sozinho, Campos viu sua carreira política ganhar força como deputado estadual e federal, governador de Pernambuco e ministro de Ciência e Tecnologia.

A culminação de sua trajetória profissional chegou com sua candidatura às eleições presidenciais, interrompida pelo acidente de avião que tirou sua vida nesta manhã.

EFE   
Compartilhar
Publicidade