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Política

Argentina vê desvalorização do real "com cautela"

27 jul 2015 - 21h14
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O ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, disse nesta segunda-feira que observa com "cautela", embora sem preocupação, a desvalorização da moeda do Brasil, que é o principal parceiro comercial da Argentina.

"O Brasil espirra e eu pego resfriado? Não é assim", afirmou o ministro em entrevista à TV argentina sobre o comportamento do real.

O dólar se manteve hoje com a maior cotação desde março de 2003 no Brasil e, apesar da forte desvalorização do real, acentuada nas últimas quatro jornadas de negociação, o governo descartou utilizar reservas internacionais para intervir na oscilação cambial.

"Não foge a ninguém que a Argentina está em um quadro internacional que começa a se desenvolver desde a crise de 2008, e por isso o que aconteceu no Brasil nós vemos não com preocupação, mas com cautela, para ver a evolução, porque o real teve muitos altos e baixos neste ano, houve uma fuga de capitais grande, mas não uma queda de reservas", disse Kicillof.

No câmbio comercial, o dólar subiu hoje 0,51% e fechou cotado a R$ 3,362 para compra e R$ 3,364 para venda. Apesar do cenário, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, descartou que o governo pretenda utilizar as reservas internacionais, de US$ 360 bilhões, para influir no câmbio, pois segundo ele essa quantidade permite ao país manter autonomia sobre a política econômica.

EFE   
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