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Mundo

Aproximação da Colômbia com Otan preocupa Brasil e Equador

6 jun 2013 - 19h04
(atualizado às 20h08)
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Os ministros da Defesa Celso Amorim (Brasil) e María Fernanda Espinosa (Equador) afirmaram nesta quinta-feira que a aproximação da Colômbia com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) gera preocupação para ambos os países.

"Respeitamos a soberania dos países, mas vemos com preocupação uma aproximação de um país-membro da Unasul e do Conselho de Defesa sul-americano com uma aliança defensiva militar extrarregional", disse Amorim à imprensa.

O ministro brasileiro chegou a Quito na quarta-feira para se reunir com a ministra equatoriana e com o presidente Rafael Correa.

"É um tema que nos preocupa, é um passo que nosso país irmão Colômbia está dando, há preocupação, e acho que devemos empreender um diálogo sobre isso para que todos fiquemos mais bem informados", destacou a ministra equatoriana.

O anúncio feito pela Colômbia sobre sua aproximação com a Otan já havia provocado a pronta reação dos governos de esquerda de Nicarágua, Bolívia e Venezuela.

Diante da onda de críticas, o governo colombiano esclareceu na terça-feira que não pretende ser membro da Otan, mas sim estabelecer um mecanismo de cooperação.

Amorim e Espinosa também analisaram a criação da Escola Sul-Americana de Defesa, uma iniciativa de Quito acompanhada por Brasília e Buenos Aires, e revisaram os tratados bilaterais em matéria de defesa.

"Falamos da iniciativa de criar uma Escola de Defesa Sul-Americana como um sistema em rede que potencialize as capacidades dos países em matéria de formação e doutrina da defesa", explicou Espinosa, acrescentando que a sede da instituição estará pronta em Quito, em 2014.

"Temos de, respeitando a pluralidade que existe na nossa região, buscar uma unidade e, para isso, é fundamental fortalecer a defesa, motivo pelo qual acho que a criação de uma escola de defesa latino-americana é transcendental", frisou Amorim.

A proposta será analisada em novembro em uma reunião de ministros da Defesa da União Sul-Americana de Nações (Unasul), em Lima.

Os ministros, que depois se reuniram com o presidente Correa, concordaram em fazer encontros anuais e anunciaram a visita de Espinosa ao Brasil em agosto próximo.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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