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Política

Apresentado como candidato, Campos recebe apoio de Marina à Presidência

5 out 2013 - 17h53
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O presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, recebeu neste sábado o apoio da ex-senadora Marina Silva para disputar a Presidência da República em 2014 durante cerimônia de filiação de Marina ao partido.

Ex-senadora Marina Silva comemora filiação ao PSB com o presidente do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em Brasília 5/10/2014 REUTERS / Ueslei Marcelino.
Ex-senadora Marina Silva comemora filiação ao PSB com o presidente do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em Brasília 5/10/2014 REUTERS / Ueslei Marcelino.
Foto: Reuters

"Você tem alguma dúvida em relação a isso?", respondeu Marina em entrevista coletiva ao ser perguntada se apoiava Campos para a Presidência no ano que vem.

Campos disse, ao filiar Marina ao partido, que a parceria quebrará a polarização existente na política brasileira.

Ele adotou tom mais cauteloso que a ex-senadora e disse que uma eventual candidatura do partido à Presidência será decidida "no tempo certo".

"Hoje nós estamos quebrando uma falsa polarização que precisa ser quebrada na política brasileira", disse Campos ao dar as boas-vindas a Marina no PSB.

Marina decidiu se filiar ao PSB depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitar na quinta-feira o pedido de registro da Rede Sustentabilidade, partido que ela buscava fundar para disputar as eleições do ano que vem.

"Estamos recebendo a Rede no PSB para fazer uma aliança programática, porque nós reconhecemos a Rede como algo necessário para mudar a política no Brasil", disse Campos.

O governador foi apresentado como "próximo presidente da República" no evento de filiação de Marina, que reconheceu que a candidatura de Campos à Presidência em 2014 é "legítima" e "está posta".

Marina ocupa a segunda colocação nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2014, enquanto Campos aparece na quarta posição na preferência do eleitorado.

Recentemente o PSB anunciou sua saída do governo da presidente Dilma Rousseff, abrindo caminho para uma candidatura própria do partido à Presidência da República.

Dilma lidera a corrida eleitoral do ano que vem à frente de Marina. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), está na terceira posição, de acordo com as pesquisas.

A aliança entre Marina e Campos também coloca lado a lado na eleição do ano que vem duas figuras políticas com histórico de ligação com o PT.

Marina foi senadora pelo partido e ministra do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Campos também foi ministro de Lula e o PSB apoiou o PT em cinco das seis eleições presidenciais disputadas desde a redemocratização do país. Somente em 2002 os socialistas não apoiaram o PT no primeiro turno, mas se juntaram aos petistas no segundo.

(Reportagem de Anthony Boadle e Eduardo Simões)

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