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Política

Após ser suspensa pelo Senado, Dilma afirma: "É golpe"

12 mai 2016 - 10h23
(atualizado às 10h38)
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A presidente Dilma Rousseff, afastada nesta quinta-feira do cargo pelo Senado, que decidiu por 55 votos contra 22 abrir um julgamento político contra ela, teve sua primeira reação através do Facebook, onde seu perfil oficial publicou: "É golpe".

A presidente publicou em seu perfil vídeos do discurso feito nesta madrugada durante a sessão que votou pela abertura do julgamento de impeachment pelo advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo, que assumiu sua defesa durante o processo.

Cardozo destacou que "se está usando pretextos jurídicos para tirar do poder uma presidente legitimamente eleita do poder em uma injustiça histórica".

Nessa mesma linha se pronunciou o PT, que em comunicado pediu à sua militância que se mobilize para "resistir ao ilegítimo" governo de Michel Temer, até agora vice-presidente, e que assumirá interinamente a presidência.

No entanto, ontem, enquanto ainda acontecia a sessão do Senado que votou pelo afastamento de Dilma, poucos grupos se manifestaram contra uma decisão que já era esperada em todos os círculos políticos e hoje, uma vez terminada a votação, quase não houve reações.

Nas próximas horas, Dilma será oficialmente notificada da decisão do Senado, e com isso estará em pleno vigor sua suspensão do cargo, que só voltará a ocupar se for absolvida no julgamento que acontecerá no Senado e que pode durar até seis meses.

Se Dilma for cassada, Temer completará o mandato que termina em 1º de janeiro de 2019.

O até agora vice-presidente assumirá o lugar de Dilma hoje mesmo, sem cerimônias nem pompas, devido à condição de interinidade.

A decisão do Senado se fundamentou em acusações de manobras fiscais irregulares do governo em 2014 e 2015.

Segundo o governo, essas manobras não passaram de meras "faltas" administrativas - comuns na administração pública brasileira - e não constituem razão para a cassação de um mandato. Por esse motivo, para o governo o processo é considerado um "golpe".

EFE   
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