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Política

Após reunião com Dilma, Garibaldi diz que aceitou Previdência

8 dez 2010 - 17h39
(atualizado às 19h36)
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O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) confirmou nesta quarta-feira que será ministro da Previdência Social no governo de Dilma Rousseff. "A presidente Dilma me convidou para o Ministério da Previdência, e eu aceitei", afirmou a jornalistas após participar de reunião com a presidente eleita na residência da Granja do Torto, em Brasília. A indicação do senador havia sido confirmada mais cedo pelo vice-presidente eleito, deputado Michel Temer (PMDB-SP).

O nome do senador havia sido confirmado por Temer
O nome do senador havia sido confirmado por Temer
Foto: Geraldo Magela / Agência Senado

"É um grande desafio, mas eu tenho ótimos técnicos para me assessorar", afirmou Garibaldi, que já presidiu o Senado e comandou o Executivo do Rio Grande do Norte. Segundo o senador, Dilma disse que espera que ele dê continuidade ao trabalho que já está sendo realizado na Previdência. Garibaldi afirmou ainda que vai se encontrar com o atual ministro, Carlos Eduardo Gabas, para se inteirar das demandas do ministério.

Garibaldi também informou que o fim do fator previdenciário, tema que classificou de "ponto de desequilíbrio", foi uma das preocupações manifestadas pela presidente eleita. O senador avaliou, no entanto, que essa questão será debatida "paulatinamente". O fator previdenciário é uma fórmula utilizada para calcular a aposentadoria do trabalhador que leva em conta a sua idade, a contribuição do segurado e a expectativa de vida no momento da aposentadoria.

"Eu sou a favor (do fim do fator previdenciário), e nós falamos nisso, mas é um ponto de desequilíbrio se ele vier a ser eliminado de uma hora pra outra. Eu creio que nós precisamos caminhar. Nós não vamos, sem ter um diagnóstico, ter condições de anunciar grandes mudanças", afirmou.

Até agora, Dilma confirmou a indicação de seis ministros, todos do PT. O PMDB deverá ter, além da Previdência, Minas e Energia, Turismo, Agricultura e Secretaria de Assuntos Estratégicos. Em um almoço com Temer, Dilma definiu que o partido do vice ficará com cinco pastas. Fontes afirmaram que Temer levou a Dilma o nome de pelo menos outros quatro deputados: Lernado Quintão (PMDB-MG), Almeida Lima (PDMB-SE), Maninha Raupp (PMDB-RO) e Mendes Ribeiro (PMDB-RS). O anúncio dos nomes deve acontecer ainda nesta semana.

Ao concluir a negociação com o PMDB, Dilma se concentrará na escolha dos titulares das demais pastas e passará a atender a demandas dos outros partidos aliados. Segundo alguns petistas, o objetivo da nova presidente é concluir até a data da diplomação - 17 de dezembro - o anúncio de todo primeiro escalão.

Confirmados e cotados

Até a tarde desta quarta, estavam confirmados no primeiro escalão o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (Casa Civil), o chefe de gabinete no governo Lula, Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), o deputado federal e coordenador da transição José Eduardo Cardozo (Justiça), o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, a coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Miriam Belchior (Planejamento), o diretor de Normas e Sistema Financeiro do Banco Central, Alexandre Tombini (presidência do BC), o senador Garibaldi Alves Filho (Previdência Social) e o atual ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Estão cotados: a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para permanecer no cargo; o senador Aloizio Mercadante, para assumir o Ministério de Ciência e Tecnologia; o ex-ministro Edison Lobão, para voltar ao Ministério de Minas e Energia; o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para assumir a pasta das Comunicações; o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, para permanecer na pasta; o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, para o Ministério do Desenvolvimento; o ex-governador do Rio de Janeiro e vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal, Moreira Franco, para a Secretaria de Assuntos Estratégicos; o deputado Pedro Novais, o Ministério do Turismo; o secretário-geral do Itamaraty, Antonio Patriota, para o Ministério de Relações Exteriores; e a assessora da transição Helena Chagas, para a Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

Com informações da Reuters.

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