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Política

Após denúncias, presidente do Banco do Nordeste renuncia

20 jun 2012 - 19h53
(atualizado às 19h57)
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O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) informou em nota nesta quarta-feira que o atual presidente da instituição, Jurandir Vieira Santiago, renunciou ao cargo. Ainda segundo o comunicado, a vaga deverá ser preenchida interinamente pelo diretor de Negócios, Paulo Sérgio Rebouças Ferraro.

A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração do banco. Segundo reportagem publicada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo, Santiago é acusado de envolvimento em desvio de verbas públicas quando era secretário de Estado do Ceará.

Segundo a nota divulgada nesta quarta-feira, o conselho decidiu substituir ainda os diretores Isidro Moraes de Siqueira e José Sydrião de Alencar Júnior e transferir o diretor Stélio Gama Lyra Júnior da diretoria Administrativa e de Tecnologia da Informação para a diretoria de Gestão do Desenvolvimento. Outra mudança informada foi a de nomear Nelson Antonio de Souza para ocupar a diretoria Administrativa e de Tecnologia da Informação e Manoel Lucena dos Santos para ocupar a diretoria de Controle e Risco. Conforme o conselho, as mudanças seriam para "fortalecer a gestão do banco e o cumprimento de suas missões institucionais".

O BNB já havia sido alvo de uma reportagem da revista Época que apresentou detalhes de auditorias da Controladoria Geral da União (CGU) sobre um suposto esquema de desvio de dinheiro no banco. De acordo com a publicação, o valor total das operações de crédito irregulares ultrapassaria R$ 100 milhões. Em função das denúncias, o BNB decidiu dispensar, no dia 11 de junho, o chefe de gabinete da presidência Robério Gress do Vale, que ocupava o cargo desde 2004 e é acusado de fraudes bancárias.

No comunicado divulgado no dia 11, o banco confirmou a existência de fraudes, mas não admitiu os valores que teriam sido desviados. Segundo a nota, o BNB começou a apurar as operações ilícitas logo após os primeiros indícios de irregularidades virem à tona. A primeira sindicância foi aberta em julho de 2011. De acordo com a instituição, estas apurações resultaram no afastamento e demissão de diversos colaboradores. O BNB afirmou, ainda, que passou a interagir com órgãos de controle externos - como CGU, Ministério Público e Polícia Federal - para que as investigações tivessem os encaminhamentos e apurações devidos.

Fonte: Terra
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