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Política

Álvaro Dias: investigar compra de refinaria é indispensável

24 mar 2014 - 23h03
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O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) considera inevitável a criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a compra de uma refinaria nos Estados Unidos que deu prejuízo de mais de R$ 1 bilhão à Petrobrás. Segundo o parlamentar, a população está indignada e o Congresso não pode ficar assistindo ao surgimento de escândalos envolvendo a empresa sem nada fazer. As informações são da Agência Senado.

Álvaro Dias afirmou que nesta terça-feira o PSDB vai se reunir para decidir que estratégia adotar em relação ao caso. A sugestão dele é que se tente instalar uma CPI mista ou uma CPI no Senado. Para isso, já tem inclusive os requerimentos prontos, faltando apenas o início da coleta de assinaturas.

O senador observou que a comissão parlamentar de inquérito é um instrumento do Parlamento e permite uma "investigação política que complementa a judiciária e propõe transparência aos atos que estão sendo praticados". No caso, acrescentou ele, oferece oportunidade de um grande debate sobre a Petrobras, que ele considera imprescindível.

"Essa empresa está sendo assaltada há um bom tempo. Ela era a 12ª maior empresa do mundo. Hoje, o seu lugar é o 120º. Essa empresa hoje tem uma dívida de mais de US$ 100 bilhões e é a empresa mais endividada no mundo. Não há como não propor Comissão Parlamentar de Inquérito", justificou o senador.

Álvaro Dias lembrou que o Senado já teve, em 2009,  uma CPI sobre a Petrobras e que as investigações foram inviabilizadas pelo governo. Também contou que no final de 2012 ele próprio entrou com representação para a apuração do escândalo da refinaria de Pasadena, no Texas. Ele reclamou que, apesar disso, a presidente Dilma Rousseff nada fez sobre esse caso. O senador contou que o Ministério Público adotou providências e já pediu a responsabilização das pessoas envolvidas no caso do prejuízo bilionário da Petrobras.

Álvaro Dias reclamou de problemas em outros projetos da empresa.  A refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, por exemplo, teve o custo inicial estimado em US$ 4 bilhões, mas o valor já passa dos US$ 20 bilhões. E na construção do navio João Cândido, o superfaturamento pode ser de mais de R$ 300 bilhões. A pedido do Senado, o Tribunal de Contas da União vai fazer auditoria nesses dois empreendimentos.

Fonte: Terra
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