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Polícia

AL: após prisão de todos os vereadores, prefeito se entrega

22 mai 2012 - 21h33
(atualizado às 21h59)
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Odilon Rios
Direto de Maceió

O prefeito da cidade alagoana de Rio Largo, Toninho Lins (PSB), foi encaminhado nesta terça-feira a uma carceragem da Academia da Polícia Militar, no bairro Trapiche da Barra, em Maceió, capital do Estado. Ele se apresentou à tarde ao desembargador Otávio Leão Praxedes, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), que determinou a prisão do chefe do Executivo ontem por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção.

Na semana passada, todos os vereadores da cidade foram presos em uma ação da Força Nacional. Segundo o Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público (MP) do Estado, em 2010, o prefeito encaminhou à Câmara projeto de lei para adquirir uma área de 252 hectares da Usina Utinga Leão - que estava em processo de falência -, para a construção de casas populares aos desabrigados das enchentes de junho de 2010. O valor da desapropriação da área seria de R$ 700 mil, a serem pagos à usina.

A Câmara autorizou a operação, mas as casas não foram construídas. Assim, o prefeito encaminhou novo projeto ao Legislativo, desta vez pedindo autorização para vender o terreno a uma empresa comercial, pelos mesmos R$ 700 mil. Uma avaliação feita na área, a pedido do MP, entretanto, constatou que o terreno valia R$ 21 milhões. Isso significa que o metro quadrado custou R$ 0,27. A área foi dividida em nove mil lotes, cada um custando não menos que R$ 20 mil. Casas e empresas são erguidas no local.

Até agora, dois vereadores conseguiram habeas-corpus para deixar a prisão. A cidade está sem Câmara de Vereadores, e a Justiça terá um impasse para convocar todos os suplentes, já que parte deles trocou de partido e pode ser enquadrada por infidelidade partidária.

Fonte: Especial para Terra
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