Advogado diz que processos judiciais pioraram saúde de Pitta
- Hermano Freitas
- Direto de São Paulo
O advogado do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta afirmou nesta manhã no hospital Sírio-Libanês, local da morte do político, que os problemas judiciais enfrentados por seu cliente agravaram sua doença. Segundo Remo Battaglia, os processos em função de pensão alimentícia e por improbidade administrativa em sua gestão na prefeitura comprometeram o lado emocional do político durante seu tratamento. "Uma coisa que ele mesmo disse é que houve um agravamento de toda a situação e do emocional dele por conta de tudo o que passou em 2008 e 2009", disse.
O ex-prefeito morreu aos 63 anos às 23h50 desta sexta-feira no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Celso Pitta fez uma cirurgia para a retirada de um tumor maligno no intestino em janeiro deste ano, sendo submetido a quimioterapia no hospital, posteriormente. Ele foi prefeito de São Paulo de 1997 a 2000, sendo afilhado político de Paulo Maluf (PP), e tentou duas vezes ser deputado federal pelo PTB, sem sucesso.
De acordo com o advogado, Pitta foi um guerreiro e enfrentou com muita bravura o tratamento com quimioterapia, não descuidando do diabetes. Battaglia disse também que o ex-prefeito enfrentava problemas financeiros resultantes do bloqueio de bens em função dos processos judiciais. Segundo o advogado, os processos criminais são extintos com a morte do político, mas os cíveis, como o pedido de pagamento de dívida de pensão da ex-mulher, seguem correndo na Justiça.
Battaglia afirmou também que todos os parentes estão muito abalados e Rony Golabeck, atual mulher de Pitta, está descansando para ir ao velório às 12h na Assembleia Legislativa. A filha Roberta sairá de Nova York para ir ao enterro, que será às 17h no cemitério Getsêmani, em São Paulo.