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Política

Advogado de Lula compara pedido de prisão preventiva à ditadura

10 mar 2016 - 22h09
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O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou nesta quinta-feira o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público de São Paulo contra seu cliente, acusado por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, com os tempos da ditadura.

Em comunicado, o advogado Cristiano Zanin Martins acusou os promotores Cássio Roberto Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique de Moraes Araújo, responsáveis pelo pedido, de tentarem "amordaçar um líder político, impedir a manifestação do seu pensamento e até mesmo o exercício de seus direitos".

"Somente na ditadura, quando foram suspensas todas as garantias do cidadão, é que opinião e o exercício de direitos eram causa para a privação da liberdade", acrescentou o advogado na nota.

O Ministério Público de São Paulo acusa o ex-presidente e sua esposa, Marisa Letícia, de serem os verdadeiros donos do tríplex do Guarujá, apartamento que está no nome da OAS. Em diversas ocasiões, Lula negou ser proprietário do imóvel.

"Essa fundamentação claramente revela uma tentativa de banalização do instituto da prisão preventiva, o que é incompatível com a responsabilidade que um membro do Ministério Público deve ter ao exercer suas funções", criticou Martins no comunicado.

O advogado de Lula reiterou que os promotores "não dispõem de um fato concreto para justificar as imputações criminais feitas ao ex-Presidente Lula e aos seus familiares", afirmou. "Não caminharam um passo além da hipótese. Basearam a acusação de ocultação de patrimônio em declarações opinativas", completou.

"Por tudo isso, espera-se que a Justiça rejeite o pedido, mantendo-se fiel à ordem jurídica que foi desprezada pelos promotores de justiça ao formularem o pedido de previsão cautelar do ex-presidente Lula", conclui o advogado.

EFE   
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