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Política

AC: desembargadora que atuou em operação recebe ameaças de morte

Ação resultou na prisão de empreiteiros e funcionários públicos acusados de fraudes em licitações de obras no Estado

28 mai 2013 - 13h52
(atualizado às 13h52)
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A desembargadora Denise Castelo Bonfim, do Tribunal de Justiça do Acre, está recebendo ameaças de morte após sua atuação na Operação G7, da Polícia Federal, que resultou na prisão de empreiteiros e funcionários públicos acusados de fraudes em licitações de obras no Estado. Denise Bonfim foi a responsável por decretar os mandados de prisão contra 15 acusados, entre eles o sobrinho do governador do Acre, Tião Viana (PT). 

A informação sobre as ameaças de morte contra a desembargadora foi repassada nesta terça-feira em entrevista coletiva da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac). Segundo o juiz Raimundo Nonato, as ameaças foram feitas através de mensagens e ligações telefônicas. A desembargadora já comunicou o caso ao presidente do TJ-AC, Roberto Barros. 

Segundo o presidente, a entidade pode pedir a intervenção do Conselho Nacional de Justiça no Acre caso as ameaças ao trabalho do Judiciário persistam. Desde a deflagração da operação, no último dia 10, aliados do governo iniciaram campanha para tentar difamar o trabalho da Polícia Federal e do Poder Judiciário. 

Em plenária do PT neste sábado, o senador Anibal Diniz (PT) considerou a operação G7 uma "farsa" e declarou que PF, Judiciário e Ministério Público estão a serviço da oposição. Para o senador, os policiais federais atuaram como "cães farejadores". "Um ano e seis meses de gravação, de procura com lupa, como cães farejadores tentando encontrar alguma marca de corrupção neste governo", disse o petista. 

O senador considerou a operação G7 uma farsa. "Nós estamos diante de uma farsa, uma farsa. A Polícia Federal, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça estão a serviço de uma oposição que quer, a qualquer custo, tomar o poder a custo da mentira”, ressaltou o parlamentar. 

A Asmac refutou as acusações de que os magistrados do Tribunal de Justiça estejam agindo sob influencia política. Ele declara que as decisões da desembargadora seguem critérios jurídicos e técnicos, baseadas no que determina a Constituição e as demais legislações. 

Fonte: Especial para Terra
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