"A Justiça começa a se fazer", diz FHC sobre prisão de mensaleiros
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta segunda-feira que "a Justiça começa a se fazer", em alusão à detenção de 11 dos 25 condenados pelos escândalos de corrupção do mensalão.
"Aqueles que foram alcançados por ela (Justiça) tentaram transformá-la num instrumento de sua própria história, de uma revolução que não fizeram e, em nome de ideais que não cumpriram, querem descumprir a Constituição", declarou Fernando Henrique, durante evento do PSDB em Poços de Caldas (MG).
"Aqueles que hoje exercem o papel maior da República não souberam honrar a confiança que o povo depositou, transformaram-se em negocistas e em nome de transformar o Brasil, transformam suas próprias vidas", acrescentou FHC.
Na última sexta-feira, o ministro Joaquim Barbosa decretou as primeiras 12 prisões de condenados. Dos 12, 11 se apresentaram à Polícia Federal, com exceção do ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, que fugiu para a Itália amparado pela dupla nacionalidade.
A Polícia Federal pediu sua captura através da Interpol e o Ministério da Justiça analisa se pode ser pedida sua extradição. No entanto, a Itália não entrega um réu ao seu país original quando este possui cidadania italiana.
O Supremo ainda tem pendentes as ordens de captura de mais dez condenados. Outros três ainda seguirão em liberdade, pois a corte deve analisar os últimos recursos apresentados por seus advogados. Entre estes últimos está o ex-presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha.