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'Ele era um homem humilde', diz Tuma Jr. no velório do pai

27 out 2010 - 09h12
(atualizado às 14h22)
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Andressa Tufolo
Direto de São Paulo

Romeu Tuma Jr., filho do senador Romeu Tuma, morto ontem em São Paulo, afirmou nesta quarta-feira que seu pai "era um homem humilde" e disse que o maior ensinamento deixado pelo senador foi que "todos os valores que as pessoas consideram virtudes, para ele, eram obrigações". No velório do senador, que ocorre na Assembleia Legislativa de São Paulo, Tuma Jr. afirmou: "Admiro a postura dele na vida, como pessoa. Ele era o mesmo em casa e como profissional".

O corpo do senador deve ser velado até por volta das 14h30 desta quarta-feira, quando seguirá para o cemitério São Paulo, onde será enterrado. Por volta das 13h30, deve acontecer um ato ecumênico, também na assembleia. A família do senador ainda não confirmou o ato.

Políticos e familiares continuavam, por volta das 9h, reunidos no velório. Em torno de 120 coroas foram entregues em homenagem a Romeu Tuma. Laudo Natel, governador de São Paulo por dois mandatos (1966-1967 e 1971-1975) afirmou ser uma perda muito grande. "Ele foi um senador sério em sua missão no Senado, me considerava seu amigo. Pude acompanhar de perto a carreira dele como delegado", disse.

Michel Temer (PMDB), vice de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais, disse ter representado a candidata na cerimônia. "Trouxe aqui um abraço em nome da Dilma. O Tuma, no plano pessoal, teve como principal marca a bondade. Convivi muito com ele no âmbito profissional, ele vai fazer muita falta. Nas várias atividades, usou critérios muito democráticos, foi muito atento às questões éticas", disse Temer.

O candidato derrotado ao governo de São Paulo, Fábio Feldmann, também esteve presente no velório e disse: "Só tenho boas palavras para falar do senador Tuma. Ele sempre foi muito aberto. A principal característica dele era sua capacidade de dialogar".

Governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB) destacou sua relação com Tuma no Senado: "Tivemos um relacionamento muito cordial. No Senado, ele sempre representou São Paulo, nunca teve um momento de omisssão".

O ex-governador de São Paulo e atual secretário municipal dos Negócios Jurídicos da capital paulista, Cláudio Lembo (DEM), afirmou que Tuma era "um homem bom, solidário. Sempre o vi feliz e contente. Fiz várias campanhas com ele e nunca vi um ato de agressividade", disse.

Para o cantor Netinho, filiado ao PC do B, "o Brasil perde uma pessoa generosa que fazia da política sua vida e incentivava os jovens a entrar na política".

O secretário de segurança pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, afirmou que "a polícia tem um respeito muito grande por Tuma. Todos nós perdemos. Ele foi um homem brilhante e deixa um legado de trabalho. Foi um homem muito bem quisto".

Para o deputado Gabriel Chalita (PSB), Tuma era "um homem de credibilidade, tinha uma forma bonita de encarar a vida e deixa um legado importante para o Brasil".

O economista Delfim Netto, filiado ao PMDB, afirmou que Tuma "foi um grande homem pra história do país. Ele era amigo dos amigos e dos inimigos, sempre tratou bem amigos e inimigos. Prestou grande serviço ao Brasil".

O deputado Walter Feldmann (PSDB) disse que Tuma "foi um dos homens da transição política. Ele era um homem de elegência, alguém que era do diálogo, do bem", afirmou.

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso também prestou sua homenagem ao senador. "Tuma sempre foi um homem muito distinto na maneira de tratar, um homem de generosidade", disse.

O cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, chegou ao velório por volta das 11h10 e afirmou que Tuma "trabalhou muito como político, foi um grande lutador e, como todo grande lutador, teve seu limite. Era um homem aberto a questões relacionadas à igreja", disse.

O senador morreu às 13h de desta terça-feira, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado desde o dia 1º de setembro para tratar um quadro infeccioso de afonia (perda ou diminuição da voz). Além de exigir cuidados médicos, o problema impediu Tuma de fazer campanha nestas eleições. O candidato ficou em quinto na disputa pelo Senado em São Paulo e não se reelegeu.

No dia 2 de outubro, Tuma foi submetido a uma cirurgia para colocação de um dispositivo de assistência ao coração chamado Berlin Heart. O dispositivo auxiliava a regular a pressão e circulação sanguínea do paciente.

O corpo do senador Romeu Tuma é velado na Assembleia Legislativa de São Paulo
O corpo do senador Romeu Tuma é velado na Assembleia Legislativa de São Paulo
Foto: Levi Bianco / Futura Press
Fonte: Redação Terra
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