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Política

Movimento critica escolha de pastor para Comissão de Direitos Humanos

Após protestos nesta quarta-feira, reunião para a escolha do novo presidente da Comissão de Direitos Humanos foi adiada para a manhã desta quinta-feira

6 mar 2013 - 22h47
(atualizado às 22h51)
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O Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) divulgou uma nota nesta quarta-feira discordando da nomeação do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) - que é pastor evangélico, e faz parte da bancada evangélica na Câmara - como presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Casa. 

O movimento justificou a discordância pela escolha de Feliciano por considerar que o deputado possui trajetória incondizente com o posto. Segundo o MNDH, o parlamentar se manifestou publicamente contra o direito de minorias. 

“O postulante e indicado para o cargo de presidente da referida comissão, deputado federal Marco Feliciano, não possui perfil condizente com a missão desse colegiado, pela sua trajetória e histórico marcado por declarações públicas contra a dignidade e liberdade de expressão a grupos sociais”, afirmou a coordenação do movimento na nota. 

Bancada evangélica pede proteção

Na reunião desta quarta-feira, houve protestos de representantes de movimentos de defesa dos direitos humanos contra a indicação de Feliciano para o cargo. Feliciano disse ter sido agredido até mesmo fisicamente, ao final da reunião, por manifestantes que formaram um corredor na saída do Plenário da comissão.

Após os protestos, a reunião marcada para a tarde desta quarta-feira foi remarcada para a manhã de quinta-feira. Por conta do episódio, a bancada evangélica e o PSC encaminharam ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), um pedido de proteção para a eleição do presidente da Comissão de Direitos Humanos. Os deputados pediram também para que a reunião tenha acesso restrito a parlamentares e assessores e que, por segurança, o público fique de fora. 

O PSC informou que não vai trocar o nome indicado pelo partido, o que é uma reivindicação dos movimentos que protestaram hoje. O secretário de Educação da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis (ABGLT), Tony Reis, defendeu que seja indicado outro nome do PSC, e não alguém que tenha feito declarações “homofóbicas e racistas” no passado.

Feliciano se defendeu e disse que as declarações a que Reis se refere foram feitas fora do contexto. Ele se declarou a favor dos direitos humanos e seguidor de princípios cristãos.

Fonte: Terra
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