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Polícia

Vizinhos descartam hipótese de acidente em queda de pai e filho

18 nov 2009 - 18h25
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Hermano Freitas
Direto de São Paulo

O crime que aconteceu na manhã desta quarta-feira, em que o pai jogou seu filho de 2 anos de um prédio e depois pulou, na Chácara Inglesa, zona sul de São Paulo, abalou os vizinhos.Os moradores da região descartam a hipótese de um acidente, já que, segundo eles, o parapeito do terraço é alto e para atravessá-lo seria preciso pular.

De acordo com testemunhas, Cássio Rodrigues estava inconformado com separação
De acordo com testemunhas, Cássio Rodrigues estava inconformado com separação
Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

Outro vizinho que disse ter presenciado a cena acredita que o pai pulou junto com a criança. "Ouvi um estrondo só", disse. O gastrônomo A.N., que retornava para casa após deixar sua filha na escola, relatou o barulho de um objeto caindo de cima do prédio. "Achei que era uma briga de casal e alguém tinha jogado uma televisão", disse.Muito abalado, ele afirma que precisou tomar água com açúcar para que suas mãos parassem de tremer.

De acordo com a Polícia Militar, o homem teria jogado a criança do 18º andar do prédio, onde fica o apartamento da ex-mulher, uma médica, pulando em seguida. A Polícia Civil registrou a ocorrência como homicídio seguido de suicídio.

A Polícia Científica realizou perícia no apartamento e de acordo com o tenente Verardino, da Polícia Militar (PM), o exame indicou que havia um pacote com veneno de rato no imóvel e dois copos com restos de água e do raticida.

A suspeita, diz o tenente, é que o consultor de vendas Cássio Rodrigues tenha dado a mistura a seu filho, Pedro Branco Couto Rodrigues, antes de também tomá-la e subir com a criança para o terraço. A babá do menino afirma que não havia raticida no imóvel.

De acordo com o delegado do 16º Distrito Policial (Vila Clementino) Carlos Henrique Fabrini, o homem deixou um bilhete para a ex-mulher dizendo que a amava muito. A nota, afirma o delegado, foi deixada na quarta-feira no apartamento da mulher. De acordo com testemunhas, Rodrigues estava incorfomado com a separação do casal, ocorrida havia cerca de seis meses.

Ele tinha liberdade para visitar o filho e, na manhã desta quarta-feira, por volta das 10h, chegou ao apartamento, sendo recebido pela babá. A mulher o deixou brincando com o filho e foi à lavanderia. Em seguida, ouviu o barulho da porta batendo e concluiu que o pai havia saído com o menino.

O chefe de Cássio e a mãe dele chegaram a ir ao prédio antes da queda. A mãe dele recebeu telefonema do filho pedindo desculpas por algo que eventualmente tivesse feito e causado sofrimento a ela. Ao chefe, ligou chorando e agradecendo por tudo o que fizeram por ele.

Um vizinho, que é investigador da polícia, afirmou ter separado uma briga do casal em março deste ano, quando eles se separaram. O delegado diz acreditar em um "ato tresloucado" de Rodrigues.

Três viaturas do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao local, mas, ao chegarem, constataram a morte das duas vítimas.

Fonte: Terra
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