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Polícia

Vítimas de ataques no Rio serão enterradas neste domingo

18 out 2009 - 09h12
(atualizado às 09h30)
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Os três primos mortos durante os ataques de traficantes durante este sábado no Rio de Janeiro, no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na zona norte da capital fluminense, serão enterrados na tarde deste domingo, no cemitério do Catumbi, também na zona norte.

De acordo com parentes e moradores do morro, as vítimas teriam sido confundidas com traficantes rivais enquanto retornavam de uma de uma festa na madrugada. Marcelo da Costa Ferreira Gomes, 26 anos, e o Francisco Ailton Vieira da Silva, 25, eram mecânicos; Leonardo Fernandes Paulino, 27, era auxiliar administrativo da Clínica São Victor.

Uma quarta vítima que estava com os jovens, o atendente Francisco Alailton Vieira da Silva, 22 anos, permanecia em estado grave no Hospital do Andaraí até o fim da noite deste sábado.

Nas estatísticas divulgadas no final da tarde de sábado pela Secretaria de Segurança, os quatro jovens que estavam em um Peugeot preto metralhado por traficantes durante a invasão ao Morro dos Macacos foram incluídos entre os criminosos. Contudo, nenhum deles tinha antecedentes criminais, segundo o sistema da Polícia Civil, e todos tinham empregos fixos.

Madrugada tranquila

A madrugada de domingo foi tranquila e sem registro de tiros ou confrontos no Morro dos Macacos, segundo informações da Polícia Militar. O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, anunciou um esquema de policiamento por tempo indeterminado, com mobilização de 2 mil policiais civis e militares.

Eles tiveram folgas suspensas e estão de prontidão, inclusive os da Baixada e de Niterói. A missão é conter confrontos entre traficantes e ataques a ônibus. Ontem, PMs do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do 3º BPM (Méier) fizeram buscas nos morros dos Macacos e São João, em Vila Isabel.

Sábado de violência

Pelo menos 12 pessoas morreram durante ataques de traficantes no morro do São João neste sábado no Rio de Janeiro - dois PMs e 10 criminosos, segundo estatística da PM. A onda de violência começou por volta da 1h, quando traficantes do Complexo do Alemão e do Jacarezinho invadiram, por meio da favela do São João, o Morro dos Macacos. De acordo com a PM, houve intenso tiroteio entre as quadrilhas rivais e pelo menos três pessoas morreram. Eles seriam membros de uma das gangues.

No início da manhã, moradores iniciaram uma mobilização, queimando pneus e outros objetos. Por volta das 9h, cerca de 120 homens da Polícia Militar iniciaram uma operação no Morro dos Macacos e no morro São João. Após uma hora do início da ação, o helicóptero utilizado pelos policiais foi alvejado a tiros disparados por traficantes, de acordo com a PM.

A aeronave pegou fogo no ar e obrigou o piloto a fazer um pouso forçado em um campo da Vila Olímpica de Sampaio, mas explodiu ao tocar o solo. Dos seis ocupantes, dois morreram carbonizados dentro do helicóptero e quatro foram encaminhados ao hospital de Andaraí.

Pelo menos 10 ônibus foram incendiados na zona norte do Rio de Janeiro no início da tarde. Para a polícia, a ação contra os veículos foi armada por criminosos para desviar o foco da polícia do morro dos macacos, onde mais de 600 homens realizavam uma operação. Segundo a PM, duas escolas também foram incendiadas.

Os policiais cercaram o morro dos Macacos, a favela de São João, de onde teriam partido os traficantes, e a localidade São Carlos. Conforme a PM, moradores dessa última favela seriam aliados aos criminosos de São Paulo e teriam apoiado a invasão ao morro dos Macacos.

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